Contaminação de terreno volta a ser discutida na Câmara

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Foto: Reprodução

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Área institucional do PIU Leopoldina

Embora os proponentes do PIU Leopoldina tenham afirmado que a remediação do terreno da SPTrans seria realizada antes da construção de Habitações de Interesse Social (HIS) no local, o tema voltou a ser discutido na Câmara Municipal durante a reunião do Colégio e Líderes, no dia 6 de setembro. O encontro semanal com representantes dos partidos fica disponível na íntegra no canal da Câmara no YouTube.

O vereador e presidente da casa, Milton Leite, falou sobre aumentar para duas mil o número de unidades habitacionais, para então encaminhar a redação final do projeto de lei. O vereador Celso Giannazi chegou a mencionar a possibilidade de uma nova audiência pública ser realizada, mas Milton Leite afirmou que já foram realizados diversos debates e que o novo número de moradias não altera o que está previsto no projeto, mas aumenta seus benefícios sociais.

O parlamentar Paulo Frange também falou que a quantidade de audiências realizadas foi suficiente e que todos os principais pontos foram esclarecidos, mas ressaltou o fato do terreno da SPTrans ser contaminado e a remediação ainda não ter começado, o que poderia abrir margem para buscar outro terreno que já esteja pronto para a construção.
A Associação Viva Leopoldina defende a ampliação de contrapartidas. “Muito importante os pronunciamentos do presidente da Câmara Milton Leite, buscando o equilíbrio financeiro do PIU Leopoldina e a sua preocupação em aumentar o número de moradias populares, se isso for adiante diminuirá ainda mais a situação de precariedade não só das comunidades da Leopoldina, mas do vizinho Jaguaré”, afirma o presidente da AVL Umberto de Campos Sarti.

Entidade defende revisão da modelagem financeira e aumento de contrapartidas

Carlos Alexandre de Oliveira, diretor de Relações de Governo da AVL, comenta o debate realizado na Câmara. “Recebemos de forma positiva os pronunciamentos dos vereadores Milton Leite e Paulo Frange sobre os ajustes que estão sendo debatidos para o PIU Leopoldina. O primeiro ressaltou que é necessário aumentar o número de moradias populares das 900 atuais para 2000, atendendo um maior número de pessoas em situação de precariedade. ‘Ou vamos botar mais unidades ou deixar a empresa (Votorantim) ficar mais rica’. A fala do presidente da Câmara coincide com os alertas que temos feito nos últimos anos a respeito do desequilíbrio na modelagem financeira do PIU. São cedidos 500.000 m² de potencial construtivo que valem pelo menos R$ 1 bilhão por apenas R$ 133 milhões, um desconto absurdo de 87%. Já o vereador Paulo Frange chamou a atenção sobre o terreno da SPTrans, contaminado por combustíveis e hidrocarbonetos cancerígenos aos seres humanos, e o processo de remediação demorará anos para ser concluído, gerando uma espera desnecessária à gente muito necessitada. Nós sugerimos que as moradias populares também sejam construídas para diversas comunidades vizinhas do Jaguaré. Todas as áreas já estão demarcadas no Plano Diretor para tal e há que se buscar o equilíbrio financeiro atendendo o maior número possível de famílias”.

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