Zoneamento aéreo é restringido

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Quem ainda duvida que da pressão popular não resolve problemas detectados pela comunidade bem que poderia mudar de opinião. Basta ver o resultado de uma reivindicação feita pelo Movimento Defenda São Paulo (MDDP)- entidade que representa dezenas de Associações de Moradores e fundada com o objetivo de defender os interesses coletivos -, em relação a alterações no tráfego de helicópteros na capital, algo que no Jaguaré é bastante intenso.
Depois de muitas reuniões com a Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros – (Abraphe), nos meses de junho e setembro, a comunidade conseguiu alterar algumas regras como a altura dos vôos, por exemplo, com o objetivo de diminuir os ruídos produzidos pelas aeronaves. As mudanças foram efetivamente definidas após um encontro entre representantes da Abraphe e do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica. A elevação da altura pela qual passam os helicópteros ocorreu em quatro das seis rotas existentes, abrangendo uma área de 102 km2 delimitada por estádio do Morumbi, avenida Paulista, ponte do Jaguaré e aeroporto de Congonhas.
De acordo o presidente da Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba), Roberto Rolnik Cardoso, que também participou destes encontros, foi encaminhado um mapa do zoneamento, que não foi levado em conta para traçar as rotas. “Numa nova reunião com o MDSP foi solicitado à ABRAPHE que criasse norma para que os helicópteros voem a altura mínima já estabelecida legalmente de 500 pés, obedecendo à topografia do terreno por onde passam”. Na ocasião, O MDSP forneceu à ABRAPHE mapas do zoneamento da cidade, criado pela Lei 13.885/04, das zona cento, sul e oeste, onde ficam claros os usos predominantes em cada bairro e solicitou que fossem evitadas rotas que cruzem bairros residenciais. Com esta prática, há que se compatibilizar o que ocorre no espaço aéreo com uso e a ocupação do solo do território Municipal.
Outra solicitação quanto aos helicópteros é que não parem em um determinado ponto fixo por vários minutos, em cima de hospitais, cemitérios, bairros residenciais, eventos culturais em parques ou áreas públicas, bem como para realizar reportagens dos órgãos de comunicação. É inadmissível a falta de bom senso e até mesmo o abuso de certos pilotos,
que “estacionam” em cima da cidade por longo período, como se não houvesse
ninguém ali em baixo! Esta prática não pode continuar! Solicitamos, pois,
urgentes providências para coibir esta prática, punindo com rigor seus
infratores”, afirmou Lucila Falcão Pessoa Lacreta, diretora técnica do MDSP.

Foto: Renata De Grande
Legenda: Lucila Lacreta: é preciso ter critérios rigorosos no zoneamento aéreo

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