Morada tecnológica

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Se depender do prefeito João Doria, São Paulo deve se transformar em um polo tecnológico. Antes mesmo de ser eleito, o tucano já falava na ideia de investir em tecnologia para dar agilidade e eficiência aos serviços públicos do município.

Em uma época onde as pessoas vivem mais no mundo virtual que no real, o prefeito João Doria mantém o pé no acelerador para cumprir uma agenda de 16 horas diárias de trabalho, segundo ele.

Em encontro na sexta-feira com mais de 60 associações de bairro, Doria fez o balanço dos seus 70 dias de governo e voltou a repetir que não é político e sim um gestor que começou em 2 de janeiro com o mutirão de zeladoria do programa Cidade Linda na Avenida 9 de Julho. De lá pra cá segue com ações em diferentes cantos de São Paulo a cada final de semana. Entre seus programas de governo está o Corujão da Saúde – uma parceria da prefeitura com 52 hospitais particulares para zerar a fila de exames no sistema municipal de saúde – chega a 250 mil exames realizados na segunda-feira, segundo Doria. “Vamos zerar a fila de exames”, disse o prefeito no encontro com associações. A novidade do prefeito Hi-Tech foi o anúncio do projeto de um Centro Internacional de Tecnologia (CIT) para a área de 700 mil metros quadrados da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo). O CIT de Doria terá uma Fatec e um campus de empresas do setor.

Aliás, transformar São Paulo em uma Cidade 5G foi uma promessa de Doria um dia após ser anunciado candidato ao cargo de prefeito pelo PSDB, em julho de 2016, no encontro À Mesa com Empresários, organizado pela Página Editora e Jornal da Gente em julho de 2016. “São Paulo será uma cidade de 5G, digital. Nossa ideia é, em um ano e meio, a cidade inteira estar digital em seus procedimentos, gestão, na facilidade das pessoas em utilizar o celular para trabalhar, se locomover, para ter acesso à saúde, educação, etc”, afirmou na ocasião. O tucano confirmou na sexta-feira seu projeto tecnológico para a área da Vila Leopoldina e descartou a do seu antecessor Fernando Haddad (PT) de criar um novo bairro com empreendimentos e moradia popular no lugar do entreposto.

O tema da construção de unidades habitacionais era uma bandeira do governo petista que deixou o cargo sem cumprir a meta de 55 mil moradias. Habitação também é tema de encontros do Fórum Social da Leopoldina que discute a inclusão da população de baixa renda e moradores de rua que vivem em moradias improvisadas no entorno da Ceagesp.
O prefeito conta com o apoio do governo federal e estadual na implantação do projeto do CIT. A previsão é que a Ceagesp será transferida para uma área quatro vezes maior, mais conforto para os permissionários e funcionários. A mudança do entreposto do bairro tem o aval do ministro da Agricultura Blairo Maggi e do governo do Estado. Entre os benefícios apontados está a saída dos caminhões que abastecem o entreposto das ruas da Leopoldina e das marginais. Para ele, o CIT vai revigorar toda Vila Leopoldina que tem áreas deterioradas em função da permanência da Ceagesp no local.

A Ceagesp ainda deve ser tema de muitas discussões, tanto no governo quanto na comunidade, antes do projeto do prefeito sair do papel e transformar a área em um polo de referência tecnológica.

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