Vigilância pede que população se vacine contra o sarampo

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Conselheiros na reunião da Supervisão Técnica de Saúde Lapa/Pinheiros

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ampliou o público-alvo da campanha de vacinação contra o sarampo, que antes contemplava pessoas entre 15 e 29 anos, e incluiu também bebês entre seis meses e um ano de idade. A medida é uma determinação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do Município (Covisa), em conjunto com o Ministério da Saúde e o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo, para conter o avanço da doença.

Para os jovens de 15 a 29 anos, todos devem ser vacinados, independentemente de terem tomado a vacina anteriormente, e não precisam apresentar o cartão do SUS para receber a dose da vacina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou postos volantes espalhados pela cidade.

Na reunião da Supervisão Técnica de Saúde, realizada na quarta-feira (24), Patrícia Pereira de Salve, coordenadora da UVIS (Unidade de Vigilância em Saúde) Lapa/Pinheiros, fez um apelo aos conselheiros para divulgarem a campanha para que todos que nasceram depois de 1960 procurem o reforço da vacina. Ela afirma que na segunda-feira (23), apenas no território da Lapa e Pinheiros, foram identificados 140 casos, entre suspeita e contaminação do sarampo. “Já temos 70 casos de pessoas que pegaram a doença aqui dentro da cidade e ela é altamente contagiosa, tanto que uma pessoa doente pode transmitir o vírus para doze pessoas. Vamos fazer uma força-tarefa em agosto para atingir os jovens do público-alvo, com vacinação nas faculdades aqui da região da Lapa, mas todos, mesmo fora do público, devem se vacinar. Quem nasceu antes de 1960 não precisa, porque provavelmente já teve contato com o sarampo”, diz.

A coordenadora também informa que o PS da Lapa e a AMA Sorocabana vão receber do Ministério da Saúde doses de Vitamina A para fornecer para crianças menores de cinco anos com suspeita de sarampo, que são mais vulneráveis aos sintomas. As unidades também devem fornecer máscaras para evitar o contágio em casos suspeitos, já que muitos pacientes vão aos postos utilizando transporte público e isso pode fazer com que o surto da doença se transforme em uma epidemia.

O calendário nacional de vacinação estabelece que a imunização contra o sarampo deve acontecer em duas etapas, com a dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) que é aplicada aos 12 meses de idade e a tetra viral (que inclui varicela e catapora), que precisa ser administrada aos 15 meses de idade.

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