Respeito à realidade

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“Por que mudar a lei da Operação Urbana Água Branca agora, a 3 meses do fim do governo”? Porque já devia ter sido mudada há muito tempo. O Projeto de Lei é de 2018. Em 7 anos, a versão atual não deu nenhum resultado positivo. O que estamos corrigindo é um erro fácil de compreender usando exemplos do cotidiano. Imagine que sua casa precise de reformas (telhado, encanamentos) e você decida vender o carro para bancá-las. Ele está avaliado em R$ 10 mil na tabela FIPE, que compila dados do mercado.

Você conclui que a parte elétrica da casa também precisa de um trato. Para fazer frente às necessidades, resolve por o carro à venda por R$ 15 mil. “Surpreendentemente”, ninguém se interessa por ele.

A Câmara Municipal, ao votar a lei de 2013, aumentou a lista de obras no perímetro da Operação Urbana e dobrou o preço inicial do CEPAC para tentar fazer frente a eles. Uma manobra artificial, fadada ao fracasso. O Projeto de Lei atual traz o valor do CEPAC para a realidade da “tabela FIPE”, digamos assim.

Em leitura equivocada, alguns entendem que vamos vender o m² de potencial construtivo por uma bagatela e “perder dinheiro”. Não! Vamos ser realistas para realmente conseguir ganhar dinheiro. Até porque o mercado pode construir sem comprar CEPACs e a conta todinha da reforma de casa vai ficar para o orçamento da família.

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