Candidato quer levar “padrão Poupatempo” para serviços públicos

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Foto: Raissa Sousa

Raissa Sousa
Daniel Annenberg na redação do Jornal da Gente na quarta-feira (4)

Apesar de eleito com mais de 30 mil votos, após um ano na Câmara Daniel Annenberg foi convocado para ser o secretário municipal de Inovação e Tecnologia, em grande parte por seu currículo. Annenberg coordenou e implantou o Poupatempo, durante o governo de Mário Covas, e também foi responsável pelo projeto de modernização do Detran. Sua bandeira sempre foi a de oferecer a eficiência dos serviços públicos em prol da população.

Como secretário, Annenberg reduziu o prazo de abertura de empresas de 100 para 4 dias, passou a disponibilizar de forma on-line diversos serviços municipais que antes só eram possíveis de solicitar presencialmente e modernizou o 156, reunindo praticamente todas as solicitações referentes à Prefeitura em um só lugar. “Quando cheguei lá tínhamos 800 mil solicitações acumuladas. Conseguimos reduzir para 200 mil, sendo que todos os dias entram mais 20 mil”, afirma. Outro trabalho coordenado por Annenberg foi a ampliação dos pontos de Wi-Fi na cidade, de 120 para 300, através de um processo de licitação com diversas empresas. A parceria, além de levar internet para vários locais que não tinham, como o Parque Ibirapuera, resultou em uma redução de custo de R$ 13 milhões para R$ 1 milhão. A contrapartida das empresas que oferecem o serviço é o marketing digital, com veiculação de propagandas quando o usuário acessa a rede.

Para Annenberg, a diferença entre estar no Executivo e no Legislativo é que no primeiro é possível realizar mudanças mais rápido, enquanto que no segundo é possível participar de um processo de construção que pode transformar a cidade. E é isso que ele quer fazer caso seja reeleito. Anennberg voltou à Câmara em dezembro de 2019 e desde então criou projetos de lei sobre o programa municipal de linguagem simples, uma forma de facilitar a comunicação e aproximar os cidadãos dos funcionários públicos, criou o PL de transparência de dados sobre a pandemia, e está em tramitação um projeto seu sobre negócios de impacto social, entre outros.

O candidato também defende que as subprefeituras recebam mais recursos para que tenham autonomia com as demandas de zeladoria. “Um vereador não pode ser um despachante de luxo. Vereador tem que ter o papel de pensar a cidade”, afirma.
Na Câmara, Annenberg quer continuar seu trabalho de desburocratização. “Minha bandeira é levar o padrão Poupatempo para todos os serviços públicos. Não faz sentido uma pessoa ter que ir até uma UBS só para marcar consulta. Hoje a inclusão digital virou uma inclusão social e precisamos facilitar a vida do cidadão. A tecnologia é o meio de melhorar a qualidade de vida na cidade”, declara.

Caso seja reeleito para o próximo mandato, Annenberg já criou um edital e vai destinar 25% dos recursos aos quais tem direito via emenda parlamentar, o equivalente à R$1 milhão, para projetos de organizações da sociedade civil, com o objetivo de ampliar a participação social e apoiar o engajamento comunitário.

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