Prefeitura regional e entidades lançam campanha contra o Aedes

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Ação inclui mutirão no canteiro da Avenida Gestão Vidigal

A Prefeitura Regional da Lapa e a Associação Viva Leopoldina junto com entidades e empresários realizam neste sábado (4) a Campanha de Prevenção e Conscientização Contra o Aedes Aegypti, na região da Vila Leopoldina. A ação terá ainda a distribuição de mudas de citronela para condomínios e para quem passar pelo mutirão, que começa na Avenida Mofarrej, a partir das 9h.

Segundo o prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes, o objetivo é orientar os moradores a eliminar os possíveis criadouros do mosquito (qualquer recipiente com água parada) neste período de verão – calor e chuvas -, para prevenir a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Um telefone – o Disk Colaboração (whatsapp) 9-7625-2053 – foi criado para ser usado como mais um canal de comunicação entre moradores e Prefeitura Regional para envio de informações de possíveis focos do mosquito. “Neste sábado vamos fazer um grande mutirão de prevenção e combate à dengue em todo bairro, em parceria com a Viva Leopoldina e a Covisa – Coordenação de Vigilância em Saúde da Prefeitura”, explica o prefeito regional da Lapa Carlos Fernandes.

A ação inclui mutirão de serviços na Avenida Gastão Vidigal com limpeza e zeladoria e abordagem aos moradores de rua por agentes de Saúde (consultório na rua) e Assistência Social. “Agentes de saúde também vão visitar casas para conscientizar as pessoas sobre a importância de eliminar criadouros e prevenir doenças transmitidas pelo mosquito”, avisa Fernandes. “As equipes farão serviços de zeladoria e, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social, abordarão a população de rua para dar orientações e auxiliar na limpeza dos canteiros e praças ocupadas atualmente”.

O mutirão inclui a operação Cata Bagulho. “Os moradores da Vila Leopoldina que precisam se desfazer de grandes objetos podem depositar esses itens em frente às suas casas das 7h às 10h da manhã, para que possam ser recolhidos pelos caminhões de cata-bagulho. Vamos ter também operação tapa buraco, logradouros, guias e sarjetas além de limpeza de bueiros, varrição e corte de grama”.

Folhetos com orientação sobre o ciclo de reprodução do Aedes aegypti e os cuidados para se proteger do mosquito foram distribuídos durante a semana. “O principal é eliminar qualquer recipiente com água parada para evitar que ele se multiplique”, diz Fernandes.
A campanha conta com o apoio da ACM, Colégio Santo Ivo, Microlins, Hospital Albert Sabin, ASAHU, Setcesp, Mais Led, Ciesp Distrital Oeste, Consegs Perdizes-Pacaembu, Leopoldina e Lapa, associações Amocity, Mundo Solidário, AALB, Viva Perdizes, Assampalba e Jornal da Gente.

Morador da Lapa lança CD de músicas mediúnicas

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Michell Paciletti lança seu primeiro CD “Amor Maior”

O morador da Rua Tomé de Souza, Michell Paciletti lança seu primeiro CD “Amor Maior” de músicas mediúnicas, no próximo sábado, 11, na Sociedade Estudos Espíritas 3 de Outubro (Rua Clélia, 669), às 14h, na Lapa. O médium do Lar Espírita Irmão Max executará algumas canções do CD durante a tarde de autógrafos.

Michell lembra que tudo começou na infância. “Aos seis anos, recém-imigrado da Itália com minha família, tive meu primeiro contato com a música mediúnica. Os espíritos me orientaram a construir instrumentos com garrafas cheias de água e tirar som de pentes cobertos com papel celofane”, lembra o médium.

Aos 9 anos seu pai, percebendo seu dom, matriculou-o no Conservatório Musical da Lapa. Michell frequentou apenas uma aula com a professora Elvira Sbrighi, mas com o passar dos anos a mediunidade musical e premunições continuaram e ele começou a receber e executar composições ao piano. “As vibrações sonoras são uma das formas de comunicação na espiritualidade.”, revela Michell. “A ideia de gravar um CD com músicas mediúnicas surgiu há quase duas décadas, mas as condições para isso só se concretizou agora, em 2017. O CD é o primeiro de uma série. Mais de 100 músicas foram enviadas de vários compositores em diferentes estilos durante esses anos”, conclui o médium

Suposta vidente é multada por pichação em muros da Lapa

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Foto: Divulgação

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Parede da passagem da Rua Doze teve que ser pintada por causa das pichações

Em meio a polêmica de combate as pichações pela gestão do prefeito João Doria, uma suposta vidente fez a festa em muros e viadutos da região da Lapa com pichações de divulgação dos seus serviços. Os locais parecem escolhidos de forma estratégica pela grande circulação de pessoas, como muros de condomínios e até a parede da passagem de pedestres, que liga o centro comercial da Rua 12 de Outubro à estação de trem da CPTM, na Lapa de Baixo, não escapou dos anúncios de previsões e cartas de tarot da vidente.

As reclamações sobre as pichações indevidas viraram matéria do Portal R7 – programa SP no Ar, do dia 31 – que apresentou processo de uma vítima da vidente (que se identifica como Helena pelo atendimento exclusivo via whatsapp) que pede indenização de mais de R$ 41 mil .

Além da passagem de acesso a estação de trem outros locais como o túnel da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães – do lado da Rua Gago Coutinho – e de um condomínio na Lapa de Baixo viraram alvos da propaganda irregular. A parede da passagem foi pintada pela equipe da da Prefeitura Regional da Lapa. “Estamos apagando essas pichações da vidente em áreas publicas. Já aplicamos multa no valor de R$ 11 mil por desrespeitar a Lei Cidade Limpa que surgiu para equilibrar os elementos que compõe a paisagem urbana da Cidade.

A Lei busca, entre outras ações, atacar a poluição visual e degradação ambiental, preservar a memória cultural e histórica da Cidade”, afirma o prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes que tem realizado mutirões do projeto Cidade Linda, com serviços como a limpeza de postes e retirada de propaganda irregular em vias da região. A Lei Cidade Limpa proíbe anúncios publicitários nos lotes urbanos como muros, coberturas e laterais de edifícios, como os feitos pela vidente.

Se depender da gestão do novo prefeito, a fiscalização será rigorosa com os pichadores. Um acordo feito essa semana entre o prefeito João Doria e a base de apoio na Câmara Municipal deve resultar na Lei municipal que pretende multar e também obrigar os pichadores a arcar com os custos do restauro do bem público pichado. O anuncio foi feito na abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de São Paulo, na quarta-feira, 1. Ele também anunciou a instalação de mais 2500 câmeras de vigilância (ainda esse ano) em mais uma ação para fiscalização contra os pichadores.

CAT Lapa recebe cerca de 400 pessoas por dia

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Unidade faz recolocação, atendimento e orientação aos pequenos empreendedores

Centenas de pessoas procuram todos os dias a unidade Lapa do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (CATe) em busca de uma colocação de emprego. A fila é o reflexo da taxa de desemprego que bate um recorde de 12 milhões de pessoas no País. Dados da pesquisa divulgada pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) mostram que a taxa de desemprego na Capital aumentou de 10,3%, em 2014, para 16%, em 2016. Somente em 2016, ocorreu eliminação de 205 mil ocupações. A pesquisa revela que na Zona Oeste (que inclui a Lapa) e Sul, a parcela de empregos é três vezes maior do que a de pessoas empregadas nelas residentes.

O secretário Municipal do Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel explica que o objetivo é unir esforços da Prefeitura e iniciativa privada para a abertura de novas vagas de emprego, incentivo ao empreendedorismo e geração de renda. “O objetivo é criar oportunidade verdadeira para que as pessoas construam suas vidas com dignidade”, afirma o secretário

Cerca de 400 vagas estão à disposição dos candidatos que procuram o serviço. Segundo o gerente da Região Noroeste do CATe (unidade Lapa, Pirituba, Jaraguá, Perus, Santana, Jaçanã, Tucuruvi e Brasilândia), Marcelo Gonzales, aqueles com pouca qualificação encontram mais dificuldade na contratação. Entre as vagas disponíveis estão operador de telemarketing ativo e receptivo, vendedor, atendente de lanchonete, ajudante e auxiliar de cozinha, auxiliar de limpeza, entre outras.

Para ajudar na colocação dos candidatos, o CATe oferece oficinas. “Muitas vezes o candidato tem qualificação, mas acaba reprovado pelo seu comportamento. Fazemos pré-seleção para orientar melhor o candidato e assim ele acaba alterando seu comportamental. A gente orienta para que eles participem das oficinas e busquem cursos gratuitos para melhorar a qualificação e o comportamental. Muitas vezes a pessoa vai para uma entrevista de boné ou acaba reprovado pela conduta, no modo de sentar ou de falar. Nas oficinas como Primeiro Emprego, Currículo e Como se comportar em uma entrevista de trabalho, ajuda muito o candidato”, afirma o gerente da Região Noroeste. “Todas as quartas-feiras temos oficinas”, conclui o gerente.

Consegs e entidades visitam Centro de Operações da PM

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Centro de Operações da Polícia Militar atende chamadas da Capital, Osasco e Mogi das Cruzes

Os presidentes dos Conselhos Comunitários de Segurança da Leopoldina, de Perdizes e representantes da Assampalba (Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança), Grupo de Mães da Leopoldina, Viva Perdizes e Amocity (Associação Amigos da City Lapa – Canto Noroeste) visitaram o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) para conhecer o sistema de monitoramento de imagens da PM e buscar informações para o compartilhamento das câmeras do projeto Vigilância Solidária (instaladas em ruas do bairro pela comunidade) com a secretaria de Segurança Pública. O subchefe do Copom, tenente-coronel Marcelo Gonzalez, apresentou aos visitantes o sistema 190 que integra as câmeras da Polícia Militar e Prefeitura.

O centro de Operações da PM recebe ligações da Capital (com 12 milhões de habitantes e 65 mil endereços) e também de Osasco e Mogi das Cruzes. De acordo com o subchefe do Copom, nesse primeiro semestre o Centro de Operações começa a atender ainda a região de Guarulhos. O Copom atende também o 193 do corpo de Bombeiros. Gonzalez explicou que o Copom tem atendimento especializado para deficientes. “O deficiente se cadastra em qualquer posto da PM ou no site e temos um canal com pessoas treinadas para atender essa necessidade da sociedade”, revela o tenente-coronel.

Maria Isabel Coelho
Marcelo Gonzalez apresenta às entidades o sistema que integra câmeras da PM e Prefeitura

O subchefe esclareceu que o civil passa por análise e treinamento antes de ser integrado ao sistema. “Com esse projeto liberamos 190 policiais do Copom para o policiamento de rua”.
Questionado pelo presidente do Conseg Leopoldina, Jairo Glikson e Carla Banietti (do Mães da Leopoldina e Assampalba) sobre a possibilidade de integração das câmeras instaladas em ruas do bairro (no projeto Vigilância Solidária) ao sistema da Polícia Militar, o tenente-coronel explicou que é preciso fazer um termo junto à Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo para análise e só depois as imagens podem vir a integrar o sistema (compartilhamento de imagens com a polícia). Gonzalez esclarece que o acesso só é feito se houver necessidade para ocorrência que exija o acesso. “Vamos entrar com a solicitação (via associação ou Conseg) na secretaria para saber como disponibilizar as imagens (das câmeras instaladas no bairro)”, disse Carla.

O presidente do Conseg Leopoldina, Jairo Glikson, afirma que trabalha para, em poucas semanas, habilitar as várias câmeras do bairro no sistema da PM. Para Antonio Monteiro a reunião no Copom foi muito produtiva e esclarecedora.

Prefeito regional da Lapa participa de Café com a Comunidade

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Maria Isabel Coelho
Carlos Fernandes participa de encontro na ACM onde falará sobre eficiência na gestão pública

O prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes é o convidado do Café com a Comunidade que será realizado na quinta-feira, 2, pelo Jornal da Gente e Página Editora, na ACM Lapa.

Fernandes vai falar sobre a “Eficiência na gestão pública” e fazer um balanço sobre o panorama e o trabalho realizado neste primeiro mês à frente da Prefeitura Regional Lapa. O Café com a Comunidade é um evento para convidados que tem o objetivo de aproximar o prefeito regional de lideranças comunitárias e representantes de entidades locais.
Primeiro a ocupar o cargo com nova nomenclatura – que passou de subprefeito para prefeito regional-, Carlos Eduardo Batista Fernandes nasceu em Santos, é casado, pai de dois filhos e mora na região da Pompeia.

O prefeito regional da Lapa nasceu no meio político. Sua avó Elisa Branco Batista era militante popular e fez parte dos movimentos feminista e pela paz. Já seu pai, Annibal Fernandes, foi advogado trabalhista e um grande militante sindical. Carlos Fernandes também foi militante do movimento estudantil e nos partidos PCB, MDB, PMDB e PPS trabalhou na Câmara Municipal e na Administração Regional de Santana no governo Covas e foi superintendente de Fiscalização da SPTrans durante a gestão Serra/Kassab (onde dirigiu o grupo de combate à fraude no Bilhete Único). No intervalo de sua carreira política, Fernandes trabalhou no setor gráfico, mas nunca abandonou a atuação junto a movimentos populares e assumiu em 2002 a presidência municipal do PPS.

Essa não é a primeira vez que ele comanda o gabinete da Rua Guaicurus 1000. Seu trabalho na Subprefeitura Lapa começou na gestão da então subprefeita Soninha Francine, em janeiro de 2009, quando assumiu a Coordenadoria de Administração e Finanças. Em abril de 2010, Fernandes foi nomeado subprefeito da Lapa e deixou o cargo em dezembro de 2011. Ele também foi secretário Adjunto de Gestão Pública no Governo do Estado de São Paulo (assumiu em 2012) e coordenou a criação de 35 unidades do Poupatempo, depois foi coordenador de Tecnologia da Informação na Secretaria da Agricultura, antes de assumir o comando da prefeitura regional em janeiro deste ano.

São Camilo tem guichê exclusivo para atendimento de suspeita de dengue

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Foto: Divulgação

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Hospital quer agilizar diagnósticos

O paciente que chega ao Hospital São Camilo com suspeita de dengue, chikungunya ou zika recebe um atendimento diferenciado. Para agilizar o processo de triagem e abertura de fichas de pacientes com suspeita dessas doenças, o hospital está com um guichê exclusivo para atendimento. “A pessoa será encaminhada à área de infectologia do hospital, onde receberá medicação e hidratação padrão em boxe reservado. A enfermagem entrará em ação logo em seguida para coleta de material e realização de exames diagnósticos em tempo hábil”, explica o clínico geral Fábio Kawamura.

O infectologista da rede São Camilo de São Paulo, José Ribamar Branco reforça a atenção aos sintomas. “É preciso estar muito mais atento a febres, manchas e dores no corpo, que podem ser sintomas de dengue, zika ou chikungunya”, explica o especialista.
O objetivo é agilizar o diagnóstico e tratamento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Entre os cuidados está o uso de repelentes para evitar picadas que possam transmitir o vírus.

Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, com base nas informações de 2016, as taxas de incidência de casos de dengue nas regiões Centro-Oeste e Sudeste registram os maiores índices – foram 1275 casos a cada 100 mil habitantes e 997 casos a cada 100 mil habitantes, respectivamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que há epidemia quando o local registra ao menos 300 casos a cada 100 mil habitantes.

As temperaturas elevadas e o alto índice de umidade do verão proporcionam condições ideais para reprodução do mosquito e transmissão das arboviroses (doenças transmitidas por insetos como dengue, chikungunya e zika). Para evitar a proliferação do Aedes aegypti e risco de contaminação é necessário eliminar recipientes com água parada, que podem virar possíveis focos de reprodução do mosquito. “Embora o pico dos casos da doença esteja previsto para ocorrer entre fevereiro e março, nos organizamos para atuar de acordo com o Plano de Contingência desde janeiro”, explica o clínico geral.

Acelerando

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Ubirajara de Oliveira

O sentimento é uma mescla de satisfação, orgulho e entusiasmo muito grandes. Nesta segunda-feira colocamos nossa segunda edição do Jornal da Gente Farol nas ruas. Evidência de que nosso projeto caminha para a sua consolidação no mercado, como sempre tem acontecido com nossos produtos. Além de uma alternativa confiável para a divulgação de produtos e serviços para os anunciantes, é mais um canal de divulgação das coisas de nossa região.

Estamos também, além das nossas edições semanais do Jornal da Gente e das edições mensais de nossos guias (Daqui Lapa, Romana e Leopoldina; Guia da Vila Madalena; Guia Daqui Perdizes e Pompeia), em fase final de produção de uma edição especial COMER E BEBER do Guia Daqui Perdizes/Pompeia e mais uma edição trilíngüe para turistas do Guia da Vila Madalena.

Com este relato queremos demonstrar nossa esperança e otimismo com o início de ano em que todos anseiam a retomada do crescimento da economia e a reativação das vagas de empregos perdidas.

Já agendamos, nesta transição do primeiro para o segundo mês do ano, nosso primeiro Café com a Comunidade, em que o novo prefeito regional da Lapa Carlos Fernandes vai dialogar com ampla parcela da comunidade da nova gestão.

Gestão que pelas notícias já veiculadas em nossas quatro primeiras edições (incluindo esta) já dá mostra de um grande dinamismo e vontade de fazer.

Acredito que de certa forma também fomos contagiados por esta atmosfera de renovação que se respira na cidade e no bairro. Também estamos acelerando…

Carnaval e segurança

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Foto: Arquivo JG

Arquivo JG
Maria Isabel Coelho

Em um momento que a crise penitenciária está em evidência e a segurança pública preocupa a população, moradores do entorno da PUC lutam para impedir a volta dos pancadões em uma ação conjunta entre Consegs, Polícia Militar, Civil e Prefeitura.

A briga é para evitar a realização do desfile do bloco de Carnaval “A PUC que te Pariu” nas imediações da Pontifícia Universidade Católica. O medo é que o evento seja um pancadão disfarçado de bloco de Carnaval. Ninguém quer baderna na porta de casa, dizem os representantes de associação de moradores e do conselho de segurança do bairro.

Os Consegs Perdizes e Leopoldina se uniram na causa e com as associações Viva Perdizes, Assampalba, Amocity e Mães da Leopoldina estiveram no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o 190, para conhecer o sistema de câmeras e a tecnologia de captação de imagens nas telas de monitoramento das ocorrências recebidas da Cidade. A ideia é integrar as câmeras instaladas nas ruas por grupo de moradores ou condomínios ao sistema de operações da PM para ajudar a polícia em dias de grandes eventos ou ocorrências que necessitem de acesso às imagens.

A visita intermediada pelo ex-comandante da PM e hoje deputado estadual coronel Camilo aconteceu na segunda-feira. No dia seguinte, o deputado e os presidentes dos dois Consegs se reuniram com o secretário de segurança urbana Coronel José Roberto, o prefeito regional da Lapa Carlos Fernandes, o novo superintendente da CET Coronel Arruda, o comandante do CPAM/5 Coronel Guilharducci, o delegado titular do 23º DP Marcel Druziani, representantes da CET, associação Viva Perdizes e o pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias da PUC Antônio Carlos Malheiros, em um almoço. Durante o encontro os moradores de Perdizes explicaram os prejuízos causados nas festas realizadas na Rua Ministro Godói, com depredação de carros, sujeira, consumo de drogas e barulho. Uma força-tarefa, semelhante à realizada em 2016 para conter os pancadões, ficou acertada para o Carnaval. A PUC, através do seu pró-reitor, desaprova qualquer incômodo e perturbação à vizinhança.

O carnaval nas ruas da capital será ainda maior este ano. A Prefeitura de São Paulo recebeu para a festa de 2017 a inscrição de 495 blocos, 189 a mais do que em 2016, cerca de 40 só na área da Prefeitura Regional Lapa. Por conta da polêmica, o prefeito regional Carlos Fernandes chamou todos os blocos inscritos para desfilar na região para conversar, mas os responsáveis pelo “A PUC que te pariu” não apareceram no dia marcado. Fernandes conta que conversou com a responsável pela organização, por telefone, e sugeriu outro local para o desfile, mas ela não se manifestou até a última sexta-feira. O evento no Facebook do bloco contava com mais de 8 mil confirmados para o evento e cerca de 33 mil pessoas interessadas, porém foi removido da rede social na quinta-feira. Autoridades querem manter a tradição cultural para agradar tanto aos foliões quanto quem não aprecia rasgar a fantasia e quer sossego. Nesta história, o que precisa prevalecer é o bom senso e a segurança neste Carnaval.

Ceagesp tem manifestação contra mudança da Leopoldina

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Foto: Divulgação

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Paulo Murad: pesquisa mostra que 82% do pessoal é contra a mudança da Ceagesp da Leopoldina

Uma manifestação contra a mudança da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) da Vila Leopoldina movimentou a manhã de quinta-feira, 19, no maior entreposto de alimentos da América Latina. Pela primeira vez, comerciantes e trabalhadores dos segmentos de flores, hortifrutigranjeiros, pescado e carregadores (Sincomflores, Sincomat, Acapesp e Sindicar) se manifestaram contra a possível saída do Entreposto Terminal de São Paulo da Leopoldina. Segundo os organizadores, cerca de 600 pessoas participaram da manifestação.

O protesto foi uma reação à divulgação da possível transferência da Ceagesp para uma área em Perus, que ganhou força durante a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Três dias antes de deixar a prefeitura (em 28 de dezembro), Haddad assinou o decreto que aprovou o Projeto de Intervenção Urbana do Novo Entreposto de São Paulo (PIU-NESP) em Perus, criado por um grupo de investidores que conta com alguns permissionários do entreposto da Leopoldina. Com o ato, o prefeito petista autorizou o conselho do Novo Entreposto de São Paulo, a apresentar o projeto do novo empreendimento (privado) em Perus, que prevê a saída do atacado e logística da Ceagesp, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo federal, para um terreno na zona norte da cidade, próximo ao Rodoanel.

O estopim da manifestação foi à reunião em dezembro de sócios responsáveis pelo NESP e o ex-prefeito Haddad com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, em Brasília. Na ocasião foi apresentada ao ministro a proposta do NESP como uma alternativa à Ceagesp (ligada ao MAPA).

Sindicato – Para o diretor jurídico do Sincomflores (Sindicato do Comércio Atacadista de Flores e Plantas do Estado de São Paulo), Paulo Murad, o grupo não representa a vontade da maioria do mercado. Segundo Murad, uma pesquisa mostra que 82,5% do pessoal (comerciantes, produtores e trabalhadores da Ceagesp) não quer a mudança. “Queremos a revitalização do entreposto. Meia dúzia de pessoas vai até o ministro e apresenta uma posição que não reflete a opinião de todos”, afirmou o diretor do Sincomflores.

A mudança na presidência do entreposto estava na pauta de reunião do Conselho Administrativo (CONSAD) da Ceagesp na quinta-feira, mas foi adiada depois que as entidades entregaram ao representante do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Francisco de Assis da Silva Lopes, ofício com a pesquisa feita em todos os segmentos do entreposto, denunciando que há “interesses de grupos políticos e econômicos envolvidos na mudança de local, que visam à especulação imobiliária e interesses pessoais, divorciando-se do papel de abastecimento de alimentos do Entreposto, causando a substituição de três diretorias em apenas 14 meses”.

A Ceagesp informa que na reunião do Conselho (dia 19) ficou decidido que a indicação do novo presidente será feita até o final de janeiro. O atual presidente, Antonio Carlos do Amaral Filho permanece no cargo até que receba novas instruções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao qual a Ceagesp é subordinada. “O ministro precisar vir aqui para entender que tem muita gente contra a mudança da Ceagesp”, conclui Murad.