Restos de feiras viram material de compostagem na Subprefeitura Lapa

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Projeto Feira Compostável da Suprefeitura Lapa recebe visita de representantes da prefeitura de Copenhagen

Restos de frutas, legumes e verduras das feiras da area da Subprefeitura Lapa ganham um destino nobre com o projeto piloto “Feita Compostável” desenvolvido pela Supervisão Técnica de Limpeza Público, na Lapa de Baixo. O projeto tem como parceira a Concessionária Inova (responsável pelos serviços indivisíveis da região noroeste da cidade que compreende 13 subprefeituras, entre elas a da Lapa).

O que antes era descartado no lixo é usado nas leiras de compostagem (fileiras onde é colocado o material coletado). Segundo o supervisor Técnico de Limpeza Pública e engenheiro agrônomo, Rafael Golin Galvão, 67,5 toneladas de restos de feiras já foram usadas nas três primeiras leiras. Pelo projeto, o material não tem contato com o chão que é protegido por uma manta impermeável, seguido de uma camada de pedras e os restos de feira encoberto por palha. Uma canalização com perfurações (entre as pedras e o composto) coleta o líquido que vai para uma caixa. “O líquido serve para molhar as leiras”, explica o supervisor.

Representantes da prefeitura de Copenhagen, na Dinamarca, Merete kristoffersen, Jens Purup e Bjorn Appealquist, visitaram a Unidade de Parques e Jardins da Subprefeitura para conhecer o projeto-piloto com o coordenador de Resíduos Sólidos da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), Antonio Oswaldo Storel, a gerente operacional da concessionária Inova, Eugênia Gaspar, e o subprefeito da Lapa, José Antonio Queija, na quinta-feira (29).

“Paramos de alimentar essas três iniciais para poder retirar no final do ano. O material precisa descansar. Em dezembro vamos retirar o primeiro material dessas primeiras leiras para usar em praças, áreas verdes e plantio de arvores. Dia 3 de novembro retorna a coleta nas feiras para formar mais seis novas leiras”, avisa Golin.   A gerente Operacional da Inova, Eugênia Gaspar disse que a novembro a idéia é coletar a produção das feiras da Subprefeitura: 100 toneladas de frutas, legumes e verduras no projeto, para usar o projeto. (MIC)

Artista faz escultura em praça com tronco de arvore tombada

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Rafael Mifano usa motosserra para esculpir saci pererê na praça

 

O tronco de uma arvore tombada foi transformado em obra de arte na Praça Amadeu Decome, durante o mutirão do Movimento Boa Praça de domingo (25), no Alto da Lapa. Rafael procurou a Subprefeitura Lapa para pedir um tronco de arvore recolhida pela supervisão de areas verdes e ajardinadas e conseguiu. Utilizando uma motosserra, o artista Rafael Mifano deu nova vida ao tronco da arvore morta. A obra foi esculpida no meio da praça. O trabalho do artista chamou atenção de motoristas e pedestres que passavam pela área verde da Rua Cerro Corá com Sepetiba, no Alto da Lapa.

A obra consumiu o domingo e foi concluído na segunda-feira (26) pelo artista. O resultado foi a escultura do Saci-Pererê, personagem travesso do folclore brasileiro.
A escultura vai permanecer na praça. “É a primeira vez que faço um trabalho em praça pública de São Paulo. Todos os meus trabalhos são com arvores caídas”, explica o artista  que tem licença de artesão para reciclar madeira tombada em arte. “É gratificante ver o trabalho concluído e ver que as pessoas que passam estão gostando. Fico feliz de trazer uma coisa positiva para praça”, declarou o artista que fez o trabalho de forma voluntária para o movimento de ocupação de praças.  “É uma forma de divulgar meu trabalhado (rafaelmifano.com)”, declarou o artista que avisa. “Essa obra já está preparada para ficar no tempo, Se for bem cuidada, vai passar de uma geração para outra”, afirma Mifano que usa a motosserra como instrumento para esculpir em madeira tombada suas obras de arte.

No mutirão de domingo, membros do movimento Boa Praça construíram uma nova mesa na praça para os pequeniques comunitários e cercaram com paralepipedos a nascente (do córrego Tiburtino) da praça.  A idealizadora do Boa Praça, Cecília Lotufo lembra que a ocupação da Amadeu Decome “é um processo que completa de oito anos. A gente vem  chamando as pessoas a partiticipar, criamos o mapa dos sonhos do que a gente gostaria para essa praça. Ao mesmo tempo fomos nos apropriando e surgiu pessoas com novas idéias e possibilidades. Estamos fazendo o mutirão para ver essa praça legal. A gente consegui com um vereador uma emenda parlamentar (do vereador Eliseu Gabriel) para novas melhorias. O Steven que está encabeçando esse mutirão e traçou caminhos (para a nascente) e chamou o amigo dele, o Rafael Mifano, e foram até a subprefeitura para ver o tronco (de arvores tombadas ou retiradas na região) e conseguiram para esse trabalho”, relata Cecília.

Orquestra Sanfônica participa de missa de finados em cemitério

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Orquestra Sanfônica participa da celebração no Cemitério da Lapa

O Cemitério da Lapa está com programação especial para o Dia de Finados (2 de novembro) com missas para celebração a data (às 8h, 10h, 12h, 15h e 17h), informa o administrador do cemitério. A última celebração (17h) será realizada pelo padre Donizete da Paróquia Santo Estevão Rei de Vila Anastácio com a participação da Orquestra Sanfônica de São Paulo e do coral da paróquia.

Operação Finados – A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai monitorar o trânsito nas imediações dos principais do Cemitério da Lapa, entre o sábado (31 de outubro) e 2 de novembro, por ocasião do Feriado de Finados. A Engenharia de Campo da CET fará montagem de bloqueios, alterações de sentido de circulação, orientação de trânsito, travessia de pedestres e operacionalização das particularidades no entorno do cemitério para remoção de interferências com objetivo de garantir condições favoráveis de segurança e fluidez no trânsito.

Secretaria organiza encontro para esclarecer alteração na rede de ensino

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Estudo mostra tendência de queda na população em idade escolar no Estado

Apesar das manifestações e protestos contra a reorganização da rede de ensino, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo dá continuidade ao plano de mudança e organiza um encontro com pais e responsáveis pelos alunos das escolas estaduais para 14 de novembro. Na data batizada como Dia “E” serão reveladas as informações sobre o novo processo de ampliação do número de unidades de ciclo único em São Paulo, ou seja, divididas em Ensino Infantil, Fundamental (I e II) e Médio.

Pelo plano da secretaria, a partir de 2016, as crianças e jovens matriculados no Ensino Fundamental e Médio receberão ensino direcionado à sua faixa etária. Segundo o órgão, estudos e avaliações educacionais mostram que escolas onde são oferecidos apenas um ciclo alcançam um rendimento 10% superior àquelas com três etapas.

Durante o encontro com pais, serão fornecidas informações de quais escolas passarão pela reorganização, como serão feitas as transferências e quais receberão os alunos. A processo de reorganização teve início com base em levantamento da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que revela tendência de queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar no Estado, resultando em prédios subutilizados e salas vazias ou com poucos alunos. A rede estadual perdeu cerca de 2 milhões de alunos entre 1998 e 2015.

Para sanar as dúvidas dos estudantes, o chefe de Gabinete da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Fernando Padula, responde questionamentos sobre o assunto no site da secretaria (www.educacao.sp.gov.br/noticias/educacao-responde-perguntas-de-alunos-sobre-a-reorganizacao-escolar). “Está comprovado por estudos técnicos que toda escola que tem ciclo único, que é o antigo primário, ginásio e colegial, os estudantes têm melhor desempenho em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, entre outras”, afirma o chefe de gabinete.

Padula esclarece ainda que a redistribuição dos alunos estabelece um limite de 1,5 km de distância da residência dos estudantes. Ele explica que não haverá superlotação das salas. “Serão preservados os módulos por sala: 30 para o ciclo I do Fundamental, 35 para o Ciclo 2 do fundamental e 40 para o Ensino Médio”.

Membro de Associação aponta omissão em relatório

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Carlos Alexandre reclama falta de registro da "Câmara no seu bairro"sobre contaminação de terreno

O morador e membro da Associação Viva Leopoldina, Carlos Alexandre de Oliveira denuncia omissão de sua manifestação no relatório da sessão “Câmara no Seu bairro” realizado dia 11 de setembro pela Câmara Municipal, na Casa de Cultura Tendal da Lapa, denunciando a contaminação do terreno da antiga garagem de ônibus da CMTC – na Avenida Imperatriz Leopoldina, 928 (onde está prevista uma ZEIS – Zona Especial de Interesse Social para construção de moradias) e pedindo a transformação da area em uma Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM). “Estamos denunciando historicamente a contaminação por hidrocarbonetos (cancerígenos) deste local, a necessidade de reclassificá-lo como uma ZEPAM e, em contrapartida, a classificação como ZEIS do terreno da Vila Jaguara (“Movimento Contra o Lixão da Vila Jaguara”), o qual insistem em manter como uma estação de transbordo de lixo”, diz Oliveira.

Além de encaminhar a reclamação por e-mail a presidência do Legislativo Municipal, o representante da Viva Leopoldina fez uma peregrinação por gabinetes da Câmara Municipal na quinta-feira (22) para pedir apoio na correção do documento encaminhado pelo presidente da Câmara, vereador Antonio Donato (PT), ao prefeito Fernando Haddad e a Secretaria Municipal de Relações Governamentais para conhecimento e providências das reivindicações dos moradores dos distritos da Subprefeitura Lapa na 21ª sessão da “Câmara no Seu Bairro.” A presidência da Câmara foi questionada sobre a reclamação de Oliveira, mas até o fechamento desta edição não se manifestou. Segundo Oliveira, os assessores da presidência se comprometeram a corrigir o equívoco.

Cetesb informa que focos de contaminação são monitorados

Segundo informações da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que monitora a área que antigamente era ocupada pela CMTC (como garagem de ônibus) e atualmente é utilizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), “a contaminação existente no local já foi investigada, tendo sido identificados três focos distintos e, no momento, encontram-se em remediação com três sistemas independentes instalados e em operação.  A contaminação da área pode ter ocorrida por vazamentos em tanques de combustíveis (diesel utilizado pelos ônibus), pelas bombas de abastecimento ou tubulações enterradas, sendo a contaminação monitorada por meio da coleta de amostras do lençol freático, podendo-se verificar que tem havido redução nas concentrações do contaminante (Hidrocarbonetos Totais de Petróleo – TPH)”.

Natura faz obra na Rua Monte Pascal

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Após reconfiguração de trecho pela CET, obra é refeita na Rua Monte Pascal como contrapartidas a impactos de empresa

Menos de uma semana após a conclusão de uma obra da CET para aterramento da fiação dos semáforo e diminuição da ilha central para omplantação de mais uma faixa de rolamento, o serviço foi desfeito causando reclamações de motoristas e moradores. A quebradeira na via feita com uma retroescavadeira da empresa Retrolula chamou atenção de várias pessoas que passaram pelo local, na terça-feira (20). Um deles, o leitor que se identificou como Neto, ligou para a redação incomodado com a interdição de parte da via para a nova obra. Outro que reclamou da nova quebradeira foi Fernando Mourão.
A CET informa que a obra viária na Rua Monte Pascal, Alto da Lapa, faz parte da relação de medidas mitigadoras de impacto no trânsito da região, que devem ser realizadas pela empresa de cosméticos Natura, como contrapartida por se tratar de Pólo Gerador de Tráfego (Lei 15.150). Os custos das implantações estão sob responsabilidade da empresa. Agentes de campo da CET estão no local monitorando e organizando o trânsito. A obra é uma nova reconfiguração do trecho.

Alteração em semáforo causa conflito no trânsito

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Nova configuração semafórica dificulta acesso ao supermercado Extra Anhanguera

Motoristas e moradores da região da City Lapa e Vila Anastácio reclamam da alteração semafórica feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Ponte da Anhanguera, no acesso das ruas Botocudos,João Tibiriçá e Monte Pascal para retorno ao bairro e Rua Ernesto Igel sentido Lapa-Centro.

O problema, segundo eles, é que a abertura dos semáforos do retorno (Rua Botocudos/Rua João Tibiriçá) e da Rua Ernesto Igel acontece ao mesmo tempo causando conflito entre os veículos. A reclamação é que a medida coloca em risco quem trafega pelo local e forma um nó no trânsito, principalmente, em horário de pico (pela manhã e no final de tarde). Sinuhe Alberice foi um dos que usou o retorno para acessar o supermercado Extra Anhanguera e passou por dificuldades. Assim como ele outros motoristas reclamam da dificuldade para entrar no mercado após a alteração.

Segundo a CET, o cruzamento da Rua Monte Pascal com as Ruas João Tibiriçá e Avenida Ernesto Igel, que anteriormente possibilitava o acesso ao hipermercado, foi implantado antes da construção do Complexo Viário Anhanguera. Desta forma, foi viabilizado uma adequação na sinalização semafórica, que aumentou a capacidade sobre a ponte e diminui o tempo de espera de veículos, com as fases verdes concorrentes aos equipamentos da Rua Botocudos e Avenida Ernesto Igel.

Ou seja, quem vem de Pirituba, São Domingos e Perus ou do interior (via ponte da Anhanguera) não concorre com os veículos que saem da Rua Botocudos e sim os que vem pela Avenida Ernesto Igel. A medida mitigadora do Polo Gerador Extra Anhanguera teve a concepção com viário totalmente remodelado com a duplicação de capacidade do Complexo Viário Anhanguera em 2011, além do aumento de moradores que utilizam a Rodovia Anhanguera para o acesso ao centro expandido, o que justifica nova adequação: melhorar os tempos de viagem dos deslocamentos interior-capital da Via Anhanguera, seja por transporte coletivo ou individual.

De acordo com o órgão, a adequação semafórica se justifica, visando a melhoria da segurança do local. A CET informa que está elaborando um projeto para prolongamento na canalização de fluxos que separa a Avenida Ernesto Igel da faixa da direita da Rua Monte Pascal.

Falta de investidor faz Câmara rediscutir Operação Urbana

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Audiência foi para entender o desinteresse de investidores na Lei

A Operação Urbana Consorciada Água Branca foi tema da reunião da Subcomissão de Acompanhamento das Operações Urbanas da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal na quinta-feira, 23.  O encontro não teve divulgação. Segundo o relator da subcomissão, vereador José Police Neto, foi uma discussão técnica com representantes do governo, do conselho gestor da operação e do mercado imobiliário para entender o desinteresse de investidores na Lei e o fraco desempenho do leilão de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção que permitem a seus proprietários construir imóveis com metragem acima da estabelecida pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo) realizado para negociar as áreas disponíveis para construção. “A Câmara recebeu o projeto em 2012 e o aprovou em 2013, com um artigo que trazia os valores mínimos do Cepac. Na época vivíamos um momento de euforia, não tinha crise econômica e não tínhamos a inflação tão alta. A realidade era distinta. Com isso, a atual gestão acabou sendo induzida a realizar um leilão com valores inflados (R$ 1.400 para residencial e R$ 1.600 para comercial) e com isso não conseguiu capturar recursos para o conjunto de obra planejado”, disse. O leilão (na Bolsa de Valor) de Cepacs foi um fracasso. “A expectativa da Prefeitura neste leilão era arrecadar R$ 1 bilhão e conseguiu apenas R$ 10 milhões”, explica Police Neto.

Investidores – Para o representante da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), Itamar Berezin, a Operação Urbana Água Branca é interessante, mas os empreendedores não conseguem viabilizar seus empreendimentos por causa de exigências, como grande área de permeabilidade, terrenos grandes, melhoramentos viários, e outras ações que oneram o projeto em cerca de 20% a mais do que se fossem investir em outras regiões.

Conselho – Para a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Paula Santoro, é necessário ter cautela quando se sugerem mudanças na Operação Urbana. Ela falou da preocupação com a ausência de representantes da sociedade na audiência. A Lei da Operação Urbana completa dois anos no próximo dia 7.

Expectativa frustrada

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Vereador José Police Neto

A Operação Urbana Consorciada Água Branca encheu toda a região de muitas expectativas de investimentos importantes para resolver de uma vez por todas o problema das enchentes, melhorar o tráfego e incrementar o desenvolvimento social e econômico de todo o território. As expectativas foram tantas que acabou por criar a crença que a Operação Urbana era a galinha dos ovos de ouro de onde poderiam sair recursos as mais variadas ações, para muito além do escopo original do instrumento.

A reunião da Subcomissão de Acompanhamento das Operações Urbanas de quinta-feira (22) começou a trazer o debate para a realidade a partir da evidência concreta do enorme fracasso do primeiro leilão de Cepacs – autorizações para construção cuja venda é a fonte de recursos para a OUC – quando se arrecadou no leilão menos de 1% do valor previsto de 14 bilhões. As causas do fracasso estão sendo discutidas: abundância de incentivos à construção com menos restrições em outras áreas da cidade, crise econômica, correção acentuada do preço mínimo dos Cepacs. É fundamental buscar formas de corrigir ou compensar os problemas quando eles forem identificados e por isto foram agendadas mais três reuniões técnicas para aprimorar a análise.

Mas é também fundamental que se discuta com a sociedade a adequação do programa estabelecido para trazê-lo de volta a realidade com estimativas concretas de cronograma e custos, como deveria ter sido feito desde o início.

Presente de grego

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Foto: Arquivo JG

Arquivo JG
Maria Isabel Coelho

No mês do aniversário da Lapa alguns problemas que afetam o bairro mereceriam um bolo com velinhas e tudo. O espaço onde ficava até pouco tempo o Ponto de Entrega Voluntária (PEV) de materiais recicláveis, no estacionamento ao lado do clube Pelezão, na City Lapa, é um deles. Depois que a Subprefeitura solicitou a Concessionária Inova a retirada daquelas imensas caixas verdes, o problema de descarte de todo tipo de resíduo piorou.
A Subprefeitura Lapa afirma que faz monitoramento constante no entorno da área externa ao clube municipal. A remoção do PEV (Ponto de Entrega Voluntária) da área foi uma alternativa para coibir a prática irregular de descarte de entulho, afirma a Subprefeitura. Faltou um aviso de desativação e orientação de onde levar os materiais. No sábado passado, o local (que foi matéria do Jornal da Gente) passou por uma limpeza especial com a retirada da montanha de recicláveis misturados com móveis velhos quebrados e todo tipo de lixo. Mas na segunda-feira caixas com materiais recicláveis estavam organizadas sobre o espaço do antigo PEV, no dia seguinte a bagunça estava instalada.

Na verdade essa história começou na gestão do prefeito Gilberto Kassab em 8 de Março de 2008, Dia Internacional da Mulher, como presente para aquelas mulheres e seus familiares que tinham como hábito separar os materiais para reciclagem. O primeiro PEV foi inaugurado pela Prefeitura em parceria com a BR+10 para dar impulso à coleta seletiva na City Lapa e imediações. Em dezembro de 2013, a empresa ameaçou desativar o serviço por falta de patrocínio para manter o sistema, mas, com a manifestação dos moradores voltou atrás. No início de junho de 2014 uma faixa avisava da desativação da coleta. A retirada do equipamento aconteceu numa manhã de domingo, 1 de junho.

O antigo PEV foi retirado porque foi incendiado por duas vezes, justificou a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), divisão da Secretaria de Serviços responsável pela reciclagem. O ponto ficou sem a coleta de recicláveis por um dia. Moradores acostumados com o sistema de entrega de materiais pediram, mais uma vez, a volta do serviço.
A concessionária Inova (responsável pela coleta domiciliar e reciclável na região) assumiu o serviço. Pelo novo sistema era necessário que cada usuário depositasse seus materiais em containeres. Não tinha mais o Pedrinho, funcionário da antiga empresa, para atende e auxiliar as pessoas a depositar os recicláveis no lugar correto. Apesar de muitos cumprirem o movo ritual, outros transformaram o local em um verdadeiro lixão, com descartes irregulares principalmente de madrugara, no estacionamento de veículos.
Diante de prós e contras de moradores, a Subprefeitura retirou o PEV e está em tratativas com o clube Pelezão para discutir uma solução para o problema.

Em 2013, o prefeito Fernando Haddad (PT) falou do seu desejo em aumentar a proporção de lixo reciclado em São Paulo para 10%. Virou meta. Foi elaborado o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo e ampliada a coleta seletiva, a Lapa foi uma das primeiras regiões a ter coleta universal de recicláveis, mas faltou comunicação. Nesse contexto, o PEV acabou por se transformar em um presente de grego para a comunidade, mas como ainda não terminou o mês de aniversário (outubro), quem sabe campanhas educativas e incremento na comunicação sobre o serviço de coleta no bairro contribuam para atingir a meta do prefeito e transformar a reciclagem em um verdadeiro presente de aniversário para o bairro