Febem: os debates continuam

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Renata De Grande

Desde o anúncio do governador Geraldo Alckmin, publicado em julho no Diário Oficial, sobre a construção de novas unidades da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem) na capital, umas delas na Vila Leopoldina, os moradores estão recorrendo a todos órgãos públicos para tentar impedir a implantação desta unidade. Uma dessas ações foi recorrer à Câmara Municipal de São Paulo, que depois de abordar o assunto em algumas audiências públicas, decidiu formar uma subcomissão para debater a construção e projeto pedagógico da instituição. Este novo projeto pretende construir dois edifícios, ao lado do Cadeião de Pinheiros, abrigando 150 menores infratores. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) permite apenas 40 por unidade.
Na segunda-feira, 24, o vereador José Police Neto, que preside essa subcomissão na Câmara, participou de uma reunião com o subprefeito da Lapa, Paulo Magalhães Bressan, juntamente com a presidenta do Movimento Popular de Vila Leopoldina, Gláucia Mendonça Prata, José Adaucto Durigan, do Instituto de Análise do Desenvolvimento Econômico e Social (Iades), além de moradores da região. O encontro serviu para esclarecer a posição da subprefeitura a respeito da vinda da Febem à região.
Segundo Bressan, a subprefeitura da Lapa ainda não recebeu termo de consulta, para o projeto arquitetônico. “O governo do Estado não fez nenhuma consulta de natureza técnica e a Febem, enquanto Fundação, também não fez nenhuma demanda. Não tive oportunidade de conversar com a presidenta da instituição (Berenice Maria Giannella) sobre essas novas unidades” declarou o subprefeito.
De acordo com Gláucia Mendonça Prata, o Movimento encaminhará na próxima semana, um ofício ao governador Alckmin. “Vamos protocolar um ofício para o governador tentando sensibiliza-lo a não trazer essa unidade da Febem para o nosso bairro. Acionaremos também a Procuradoria Geral da Justiça, para pedir a abertura de inquérito que possam ser averiguadas as irregularidades no projeto arquitetônico e educacional dessa unidade”, afirmou Gláucia Prata.

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