Continua na Câmara Municipal a
investigação sobre o terreno ocupado no passado pela extinta
Cooperativa Agrícola de Cotia, na Avenida Kenkiti Shimomoto (esquina
com a Avenida Jaguaré). A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos
Danos Ambientais da Câmara Municipal de São Paulo, quer saber quem é o
responsável pela possível contaminação do solo por produtos tóxicos.
A sexta reunião da CPI, realizada terça-feira, 28, foi marcada pela
irritação dos parlamentares com a falta de cooperação dos órgãos
municipais ligados ao meio ambiente. Para a sessão, foram convocados o
representante legal da Construtora São José (responsável pelo projeto
de construção de torre comercial na área da antiga Cooperativa),
Rodrigo Curi, e o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, que
não compareceram. A Construtora São José enviou carta à Câmara
justificando sua ausência. Já a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
foi representada por Amós Luciano Carneiro, agente de Controle
Ambiental do órgão, que está no cargo há menos de três anos e não
possuía as informações necessárias para sanar as dúvidas da Comissão.
Os resíduos abandonados no terreno podem ter contaminado o solo e o
lençol freático da região. A CPI estuda agora intimar (não mais
convidar) o representante legal da Construtora São José para prestar
esclarecimentos nas próximas sessões.
Para o vereador Juscelino Gadelha (PSDB), relator da CPI, o principal
objetivo é assegurar a saúde da população que vive próxima de locais
contaminados. “Precisamos trabalhar ativamente para resolver os
problemas de contaminação que existem na cidade de São Paulo”, afirmou
Gadelha.