Ação de limpeza divide opiniões na Vila Leopoldina

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Operações retiraram toneladas de lixo acumuladas por moradores de rua nas calçadas

As operações de limpeza nas calçadas da Vila Leopoldina dividem opiniões. Parte dos moradores aprovam a ação da Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura Lapa que removeu o lixo e o entulho acumulados por moradores de rua, devolvendo a calçada aos pedestres. Outra ala vê a ação como higienista.

A inspetora da GCM, Thais Helena, explicou na última reunião do Conseg Leopoldina que a operação foi deflagrada devido as reclamações recebidas no próprio conselho sobre insegurança e crimes como furtos e drogas. Além disso, a ação atende uma determinação do Ministério Público. A direção da Associação Viva Leopoldina (de condomínios) aproveitou para colocar vigilância em ruas que receberam a operação. O presidente da Viva Leopoldina, Umberto de Campos explica que a associação mantém a vigilância para que as calçadas permaneçam limpas para circulação de pedestres. “As pessoas voltaram a usar as calçadas, antes isso não acontecia porque estavam ocupadas”.

Membro do Fórum Social da Vila Leopoldina, a conselheira Participativa e conselheira da UBS Parque da Lapa, Alexandra Swerts diz que a ação tirou as pessoas do lugar e a equipe da Saúde (Consultorio na Rua da UBS Parque da Lapa) não encontra mais ninguém. “As calçadas estão limpas nos quarteirões dos prédios (condomínios), mas da Rua Baumann até os Correios tem muito lixo ainda. Se veio limpar, limpa tudo. Por que limpar uma rua e não limpar a outra?”, questiona a conselheira.

Na opinião do vereador Andrea Matarazzo (PSDB), é fundamental a Assistência Social mapear e identificar o problema de cada morador de rua e encaminhar as pessoas em função dos seus problemas: dependência química e transtornos mentais para a Saúde e os demais para o albergue, providenciar a limpeza e colocar a GCM e também a Polícia Militar, por meio de uma parceria com o Estado, para que o local não se transforme em ponto de tráfico. O programa De Braços Abertos, que começou na região da Luz, está previsto para o bairro para atender a população de rua. Para o vereador tucano, a política de atendimento da Prefeitura está errada ao manter usuários de drogas no mesmo lugar. “O Braços Abertos tinha que levar os dependentes químicos longe do traficante”, declarou Matarazzo. 

A Subprefeitura Lapa esclarece que vêm prestando apoio nas ações promovidas na Vila Leopoldina. Em conjunto com a Guarda Civil Metropolitana e a Supervisão de Assistência Social da Lapa foram desenvolvidas ações nos dias 5 e 6 de março nas ruas Ariovaldo Silva, Froben e Manuel Bandeira, além das avenidas Gastão Vidigal e Mofarrej. Nos dias 9 e 10, as equipes concentraram esforços na execução de serviços nas ruas Baumann, Xavier Kraus e Heliópolis. No total, foram removidas cerca de 30 toneladas de objetos em desuso. Para a continuidade das ações, os órgãos se reunirão a fim de discutirem a ampliação da operação.

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