Estátua de Pelé

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Personalidades lapenas prestigiaram a inauguração

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

O Clube Desportivo Municipal Edson Arantes do Nascimento (Pelezão) ganhou uma estátua do rei do futebol. Intitulada “Predestinação”, a escultura de bronze com cinco metros de altura e cerca de 200 quilos foi inaugurada no domingo passado, dia 22 de agosto.
A obra é de autoria do italiano, Dante Dado Di Giácomi. Segundo ele, a escultura de Pelé demorou 14 meses para ser construída. De acordo com o autor, a estátua expressa o sentimento único do jogador. “A minha idéia foi mostrar um menino que descansa sobre um muro, olhando o infinito com o braço estendido, segurando uma coroa e intuindo seu futuro de rei do futebol”, explica Giácomi.
Primeiramente, o escultor instalaria a obra no Guarujá (litoral paulista), mas, graças à intervenção do Colégio Santo Ivo e a Subprefeitura da Lapa, a “Predestinação” pôde ser inaugurada no Pelezão.
Participaram da solenidade todas as personalidades e autoridades do bairro, além do representante do Consulado da Itália em São Paulo, Lino Farinelli. A Banda Operária da Lapa também participou da cerimônia. José Carlos de Barros Lima, diretor do Colégio Santo Ivo, falou sobre a mensagem da obra, ressaltando o exemplo para os mais jovens do trabalho do atleta. O subprefeito da Lapa, Adaucto José Durigan, rememorou a época em que ele praticava futebol no Pelezão.

Sem Pelé

Estranhamente, na cerimônia de inauguração da estátua, mais se falou da obra do que do homenageado. Esta constatação vai de encontro ao sentimento dos moradores mais antigos, que nunca puderam contar com a presença de Pelé.
Zenon Alves, freqüentador do Pelezão, disse que há 34 anos que os moradores do bairro está esperando a visita de Pelé. “Estive aqui em 1970 na inauguração do Pelezão. Lutamos para que este clube desportivo fosse criado e a maior mancha da nossa comunidade é a omissão do rei do futebol”, lamenta Alves.
Esta opinião é compartilhada pelo presidente do Conselho das Sociedades Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs), José Benedito Morelli, o Boneli, que ainda relembra da falta de consideração do maior jogador de futebol de todos os tempos. “Nem os parentes de Pelé prestigiaram esta festa bonita”, reclama o líder comunitário, ressaltando que perto do Pelezão moram pessoas próximas ao atleta do século, que nunca ligaram para o clube desportivo.

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