Hector Babenco debate com alunos da Unip

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Hector Babenco e José Manoel Ferreira na Unip

O cineasta Hector Babenco, diretor do consagrado filme “Carandiru”, esteve na Universidade Paulista (Unip – Campus Marquês), na última terça-feira, para um palestra. Babenco, que falou para cerca de 500 pessoas, entre alunos, professores e funcionários da Universidade, abordou a história do cinema e em especial o nacional, enfocando as dificuldades e prazeres de filmar no Brasil.
Para Babenco, a iniciativa da Unip em convidar um cineasta para falar com os alunos é única. “Sempre recebo convites, mas não de alunos e pequenos grupos. Esta é a primeira vez que uma instituição de ensino superior me convida para uma palestra. Achei esta idéia excelente e válida, já que contribui para a formação dos estudantes”, afirma.
O diretor-geral da Unip – Campus Marquês, José Manoel Gonçalves Ferreira, destacou que a iniciativa tem como objetivo demonstrar a responsabilidade social da instituição, que está preocupada em incentivar a formação de novos talentos, levando os jovens a criarem. “Nada melhor do que um cineasta que acredita no Brasil para incentivar esses jovens”, afirma, ressaltando que eventos como esses fogem da sala de aula. “Educar é muito mais do que usar o giz. É o contato direto com pessoas que fazem”, completa.
Babenco iniciou a palestra contando um pouco de sua vida e da paixão que sempre teve pelo cinema. Falou sobre a história do cinema, na Europa e nos Estados Unidos, e abordou a questão do cinema nacional, destacando alguns de seus trabalhos, como “Coração Iluminado” e “Brincando nos Campos do Senhor”.
Segundo Babenco, é difícil fazer cinema no Brasil, pois não há um esquema de distribuição no exterior, como acontece nos Estados Unidos. “A gente faz cinema aqui sabendo que por mais bilheteria que tenha, não pagará os custos. Precisamos também da bilheteria externa”. No entanto, o cineasta diz que a motivação está na abordagem do filme.
Entre os questionamentos, estava sobre a indicação de “Carandiru” ao Oscar, concorrendo como Melhor Filme Estrangeiro. Sobre isso, Babenco disse preferir não alimentar expectativas, aguardar o resultado e já pensar em um próximo filme, mas brincou ao confessar que já reservou um lugar na prateleira para colocar a estatueta.
Dando continuidade ao debate e dentro da comemoração dos 413 anos da Lapa, a Unip promove a exibição do filme “Carandiru” neste sábado, com sessões às 13, 16 e 19h. Ingresso: um quilo de alimento não-perecível. Rua Marquês de São Vicente, 3001, Água Branca.

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