Leopoldina agora é chamada de Nova

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Um bairro em plena transformação com empreendimentos para setores privilegiados da classe média, dispotos a pagar R$ 3.300/m² por um apartamento em áreas até pouco tempo degradadas.
É esse o cenário da construção civil na Vila Leopoldina.No terreno da extinta caixaria, na região das ruas Nagel e Frobem (próximo à Ceagesp), as empresas Agra, Abyara e Bueno Netto apresentam, ainda em fase de pré-lançamento, o Vila Nova Leopoldina, um conjunto de seis grandes torres residenciais, que serão erguidas num terreno de 33 mil m².
Quem passa pela região percebe a mudança radical da paisagem. As ruas e calçadas, antes tomadas por caixotes e barracos de madeira, já ganham arborização, sinalizando a nova fachada urbana com a chegada dos condomínios. “É bem melhor isso do que aquele amontoado de caixas. O crescimento valoriza o bairro”, afirma Ana Carolina, moradora do City Lapa.
Os apartamentos foram projetados com 158 m² ou 210 m² e apresentam quatro dormitórios (duas suítes), cozinha integrada com a copa, área de serviço, despensa, dependência de empregada. Sempre seguindo a tendência de espaços multifuncionais no terreno, o Nova Leopol-dina pretende atrair os interessados em mudar para o bairro, oferecendo um ampla área de lazer.
Bem em frente às seis torres, o trio Agra, Abyara e Bueno Netto apresenta outros dois edifícios com apartamentos de quatro dormitórios e 125 m².

Vereador questiona empreendimentos

A ocupação do terreno de 33 mil metros quadrados pelo mercado imobiliário tem sido alvo de questionamentos por parte do vereador Donato do PT. “O Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa confirma essa área como Zona Especial de Interesse Social (Zeis), privilegiando a construção de moradias populares. Queremos saber da Prefeitura como é possível um novo tipo de ocupação para essa área”, explica Donato.
Parte dos caixeiros, que trabalhavam em caráter informal na reconstituição de caixas de madeira, foi transferida pela construtora Agra para um terreno em Osasco (prefeitura do PT), onde continuam atuando na informalidade. Outros preferiram ficar na Leopoldina e se instalaram em ruas vizinhas, ocupando as calçadas da região.

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