Sub volta a garantir debate democrático

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Desde o ano passado, as comunidades locais cobram da Subprefeitura da Lapa debates democráticos quanto à revisão do PRE-Lapa, peça integrante do Plano Diretor da cidade. O objetivo é assegurar o modelo de participação adotado em 2004, quando o PRE-Lapa foi estruturado. Porém, em nenhum momento a administração local mostrou sensibilidade para esse tipo de reivindicação.
A partir de agora, quando a revisão do Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa entra numa fase decisiva, os debates participativos voltam à cena. Quem garante é a própria subprefeita da Lapa, Luiza Nagib Eluf. Ao conduzir a Audiência Pública sobre o PRE-Lapa, na quarta-feira (22), diante de 117 pessoas, Eluf percebeu que havia a necessidade de ouvir, em detalhes, as demandas e sugestões das comunidades, algo impossível de ser feito num modelo de discussão marcado por muito tecnicismo. “Proponho um novo encontro, na próxima quarta-feira (dia 29, na Sub Lapa às 19h), onde vocês (sociedade organizada) poderão apresentar suas reivindicações. Também sugiro que montemos uma comissão para, depois dos debates, irmos à Prefeitura e dialogar com os secretários a respeito do planejamento urbano da nossa região”. Sob aplausos, as propostas da subprefeita foram aceitas.

Vila Romana

Já tramita pela Câmara Projeto de Lei (PL) de autoria do vereador Juscelino Gadelha (PSDB), propondo a transformação da Vila Romana em Área de Urbanização Especial (AUE), uma das três categorias de um tipo de zoneamento classificado por ZEPEC (Zona Especial de Proteção Cultural).
Por definição, uma AUE abrange “conjuntos urbanos com características homogêneas de traçado viário, vegetação e índices urbanísticos, que constituem formas de urbanização de determinada época, que devem ser preservados por suas qualidades ambientais”. Gadelha, em Audiência Pública na Câmara Municipal, na quarta-feira, 22, explicou as razões que o levaram a agir em defesa da Romana. “Acolhi um pedido do Mover (Movimento Contra a Verticalização Desenfreada da Lapa e Região). É justo querer preservar o bairro da Vila Romana, que, por suas características, marca um jeito de ser do paulistano numa determinada época”, afirmou o vereador. Ele sustenta que o projeto não engessa o bairro, apenas preserva traçados viários e volumetrias. Na quinta-feira,23, o jornal Folha de S.Paulo, revelou que vários vereadores, na eleição de 2004, receberam contribuições da indústria imobiliária. Gadelha, segundo a Folha, recebeu R$ 15 mil.

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