Pompeia vai à luta na Câmara

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Antonietta critica atuação da Emurb

A falta de transparência na gestão da
Operação Urbana Água Branca – instrumento indutor do desenvolvimento na
região da Pompeia incluindo área limítrofe com a Lapa – é objeto de
investigação na Câmara Municipal que na quinta-feira, 29, abriu
importante canal de diálogo com a comunidade. A convite do vereador
Aurélio Miguel (PR), a presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia.
Maria Antonietta Lima e Silva apresentou ao Legislativo paulistano, um
quadro completo dos descompassos da Operação Urbana nos últimos 16
anos. “Os recursos da Operação estão sendo utilizados para outras
finalidades que não as da lei. A Emurb não cumpriu as promessas e não
divulga os dados, evitando a transparência de suas ações”, disse
Antonietta num diálogo direto com o Aurélio Miguel, fato que ocorreu no
plenário principal da Câmara, ocupado apenas pela líder comunitária, o
parlamentar do PR, o editor do JG, Eduardo Fiora, e assessores da
Câmara.
O vazio, a tranqüilidade e o silêncio de um plenário normalmente
confuso e barulhento possibilitaram um diálogo construtivo. “Proponho
que agendemos (Câmara e Associação Amigos da Vila Pompeia) uma visita a
essas áreas que deveriam ser objeto de obras da Operação Urbana”,
sugeriu o vereador.
Maria Antonieta também condenou os 11 itens divulgados para os quais
serão desembolsados R$ 16 milhões, como a construção da Praça Memorial
da América Latina, a ligação da Avenida Auro Soares de Moura Andrade
com a Francisco Matarazzo e a extensão da Avenida Germaine Burchard. A
presidente da entidade também afirmou que o dinheiro das contrapartidas
previstas na Operação a serem revertidas às prioridades da região é
utilizado para beneficiar construtoras e que as inundações no bairro se
devem ao assoreamento do Córrego Água Preta, que reclama canalização. A
lei da Operação também prevê a expansão do sistema de drenagem da
região.
Maria Antonieta também declarou que a certidão de diretrizes que a
Uninove se comprometeu a realizar não foi cumprida. Segundo ela, a
instituição construiu quatro prédios no bairro sem as contrapartidas.

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