Sinal verde|na Arena

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Novo estádio deverá contar com abafadores de ruídos

Com a publicação do alvará no Diário Oficial do Município (edição de 6 de outubro), a Sociedade Esportiva Palmeiras poderá começar as obras de ampliação do estádio Palestra Itália, que no formato Arena, será capaz de receber até 45 mil pessoas. O último impasse em relação ao deferimento do alvará foi superado com o aval do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades) ao Relatório de Impacto de Vizinhança (Rivi). Acionado por entidades da sociedade civil, o Ministério Público avalia o RIVI e promete publicar o documento na integra no seu site na internet, de modo a democratizar a informação. O parecer do Cades admite que a emissão de ruídos na Arena pode ultrapassar o permitido por lei.
Sendo assim, o Palmeiras se vê obrigado a adotar medidas que atenuem esse impacto como implantação de “abafadores, anteparos e tecnologias mais modernas”. Já o relatório de impacto de trânsito da obra exige que o clube faça investimentos no sistema viário da região. Entre as obrigações para a liberação das obras, constam o alargamento em um metro da Avenida Francisco Matarazzo no trecho de 500 metros de extensão, entre os viadutos Antártica e Pompéia. A via passará a ter quatro faixas ao invés das três atuais. Além dessa intervenção, a empresa responsável pelas obras terá de reformar o Viaduto Antártica.
Diante desse quadro, a comunidade se manifesta criticando a falta de visão de planejamento por parte da prefeitura. “Libera-se a Arena sem levar em conta o contexto urbano no qual ela se insere”, afirma a geógrafa Ros Mari Zenha, uma das fundadoras do Mover (Movimento de Oposição à Verticalização Caótica e pela Preservação do Patrimônio da Lapa). “Esse novo estádio é um projeto desconectado da realidade local. Temos na região (Av.Francisco Matarazzo e Rua Turiaçu) a Operação Urbana Água Branca, a Arena do Palmeiras e a futura Operação Urbana Lapa-Brás. A Prefeitura propõe a discussão fragmentada desses projetos, quando o correto é uma abordagem integrada dos mesmos”, acrescenta a líder comunitária.

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