Verbas para a região

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Neste sábado, a partir das 15h, a cidadania tem encontro marcado no Tendal da Lapa (ver matéria nesta edição), que recebe Audiência Pública, convocada pela Câmara Municipal, com o objetivo de debater com moradores da Zona Oeste o orçamento da cidade de São Paulo para 2011.
Se quisermos fazer valer nossas reivindicações regionais em áreas como saúde, infraestrutura, educação, meio ambiente, entre outras, não podemos perder a oportunidade que nos é dada de explicar a razão de tais demandas aos nobres vereadores paulistanos. Afinal, serão eles a dar a última palavra sobre o orçamento municipal proposto pelo governo Gilberto Kassab. Isso acontece da seguinte forma: antes de ir ao plenário da Câmara para votação, a peça orçamentária passa por um processo de emendas legislativas, fruto do trabalho dos vereadores que, ouvindo a população, propõem alterações no texto original.
Portanto, a Audiência Pública deste sábado é um espaço que, enquanto sociedade civil organizada, precisamos preencher não apenas com a nossa presença física, mas sobretudo com ideias concretas e formalmente descritas de modo que possam ser protocoladas para posterior análise por parte do Legislativo paulistano.
Ao longo de 2011, no âmbito comunitário, de certo discutiremos questões ligadas aos investimentos públicos, como a necessidade de um hospital público na região da Lapa, de modo a preencher a grande lacuna deixada pelo Hospital Sorocabana (inativo desde setembro) no atendimento de pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS).
Se, como afirma a Secretaria Municipal de Saúde, não há como injetar dinheiro público no nada transparente quadro financeiro do hospital da Rua Faustolo, será o momento de retomada do projeto de construção do Hospital Geral da Lapa (220 leitos). Trata-se de uma antiga demanda do Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs) acolhida em 1992 (mas sem execução da obra) tanto pelo governo estadual (Fleury) quanto pelo Municipal (Erundina). Recolocar o projeto em discussão é falar em investimento público da ordem de pelo menos R$ 100 milhões, o que só poderá ser viabilizado se tal gasto, mesmo que compartilhado com os governos estadual e federal, estiver contemplado no orçamento Municipal.
O caso do Hospital Geral da Lapa nos mostra o quão importante é uma Audiência Pública que discuta a dotação orçamentária da cidade. O que dissemos em relação a essa demanda vale para outras reivindicações como a construção de Unidades Básicas de Saúde (Vila Ipojuca e Lapa de Baixo), recuperação ambiental da área do parque Orlando Villas Bôas (Vila Leopoldina), ampliação do sistema viário na Pompeia, todas obras de valores significativos, que, para saírem do papel, precisam ser inseridas no orçamento de 2011. Por isso, não podemos deixar passar em branco a Audiência Pública deste 6 de novembro.

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