O meu otimismo

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Nereu Mello

Eu não prego o otimismo ingênuo ou exagerado. Eu prego o otimismo do alto da montanha. Um otimismo que subiu íngremes escarpadas. Andou pelos caminhos estreitos das aperturas de falta de dinheiro, de dificuldades e perdas dolorosas ainda hoje. Um otimismo sem medo das ventanias nem do frio das geleiras. Eu prego o otimismo aprendido na luta e na competição leal e valente. “Hei-de vencer”, porque a luta da vida vai até o último dia!
O meu otimismo é meu amigo, é meu companheiro, é meu irmão nas vitórias e nas derrotas. Nas vitórias, ele ergue um grito de alegria e levanta os braços para os céus! Nas derrotas, ele me sacode e me anima, ele me ensina a ter, de novo, confiança nas pernas, nos braços, nos olhos, a confiança no que restou de mim depois da batalha.
A minha rocha, a rocha da força do meu otimismo é Deus! Por isso, sou reerguido e vou à luta de novo.
“Os que esperam no Senhor, renovar-se-ão. Crescerão em vigor. Subirão até as alturas. Correrão e sem fatiga, andarão e sem cansar, voarão e como águias serão!” (Isaias 40:31).
Meu otimismo vai além dessa vida e além da minha morte: morrerei velho e como velho chegarei ao lado de lá. Contudo, no lado de lá, remoçarei, renovar-me-ei, cada uma das minhas células rebrilhará na fulgência da ressurreição da minha alma e eu serei como águia a voar além da lua, além do sol, e, se eu puder, subirei às alturas mais inimagináveis e verei a nossa galáxia lá da Grande Nuvem de Magalhães. E, quem sabe, o Senhor me dará asas para voar dois milhões e quinhentos mil anos luz e eu verei Andrômeda e lá acharei a vida palpitante e sempre nova da grande Família Universal.
É esse otimismo que aquece a minha alma nesses últimos dias que viverei na abençoada e sofredora Gaia, a nossa Terra, e, então, irei encontrar os meus irmãos da Fraternidade da Cruz e da Pirâmide! O meu otimismo não morrerá comigo, porque o otimismo é tão eterno quanto os céus!

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