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O incêndio na favela Diogo Pires, no Jaguaré, deixou cerca várias famílias desalojadas na noite do último sábado, 5. As chamas consumiram rapidamente os cerca de 80 barracos. Muitos moradores perderam tudo. Outras salvaram parte do patrimônio como documentos e eletrodomésticos. O subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes, esteve o local. “A Subprefeitura entrou com atendimento emergencial junto com a Assistência Social e a Defesa Civil. Sehab (Secretaria Municipal de Habitação) está assumindo a área. Serão feitos apartamentos no local”, disse o subprefeito.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 18h40, cerca de 10 minutos depois do início de outro incêndio na favela da Avenida Escola Politécnica. A suspeita é que um curto circuito tenha provocado o incêndio.
As ruas do entorno foram interditadas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) . O Corpo de Bombeiros deslocou 29 veículos e 90 homens para apagar o fogo. Por volta das 22h40, o incêndio foi controlado.
Atendimento emergencial
Enquanto os bombeiros combatiam as chamas, funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social atendiam as famílias atingidas, realizando o cadastro das pessoas. Foram distribuídos 360 colchões, 360 cobertores e 260 cestas básicas. A Secretaria Municipal da Habitação (Sehab) informou que apenas um homem de 47 anos aceitou encaminhamento para o Centro de Acolhida Alcântara Machado. Os demais preferiram ir para casas de parentes ou amigos.
A Sehab já vinha atuando na comunidade Diogo Pires desde o início da urbanização da Nova Jaguaré, em 2006, onde foram eliminadas áreas de risco e entregues mil unidades habitacionais além de obras de implantação de infraestrutura para beneficiar as 4500 famílias que vivem na comunidade.
As famílias cadastradas no programa de urbanização da Nova Jaguaré têm direito a receber moradia definitiva e serão atendidas com o auxílio aluguel até a entrega das unidades habitacionais. Mas Sehab avisa que será feito o cruzamento do cadastro anterior com o realizado após o incêndio de sábado, por agentes de SMADS e Subprefeitura, para o recebimento de benefícios. Nas intervenções para a comunidade, estão em andamento dois conjuntos habitacionais, que somam cerca de 500 moradias, com previsão de dezoito meses de obras.
A Subprefeitura da Lapa deu inicio a uma operação de limpeza nas bocas de lobo, poços de visita e galerias das vias no entorno da Favela Diogo Pires, segunda-feira (7). Além disso, a subprefeitura com o apoio da Guarda Civil Metropolitana trabalha para evitar que novas invasões aconteçam no local.
