Prejuízos da greve

0
866

A poucos dias da abertura da Copa do Mundo, a Cidade de São Paulo parou na terça-feira com a greve inesperada de motoristas e cobradores de ônibus. Foram três dias de paralização. Tudo causado por um grupo que discordou dos 10% de aumento aprovado em assembléia sindical da categoria, na noite segunda-feira, quando a reivindicação era de 13% de reajuste salarial mais benefícios. Na manhã de terça-feira, passageiros tiveram que desembarcar dos ônibus no meio do caminho. Trabalhadores tiveram que fazer longas caminhadas para chegar ao trabalho e na volta para casa. O Viaduto da Lapa virou um estacionamento de ônibus em toda extensão. O fato se repetiu nas principais ruas do centro comercial da Lapa servidas pelo transporte público, como Guaicurus, John Harrison e Hebart. O trânsito ficou complicado. Na noite de terça-feira foram registrados 261 km de congestionamento na Cidade em consequência da greve. O grupo de dissidentes conseguiu articular o bloqueio dos terminais urbanos municipais da capital, entre eles o da Lapa. Toda a Cidade ficou prejudicada com os três dias de paralisação do transporte público. A confusão foi parar na audiência de conciliação realizada quinta-feira (22) na Justiça do Trabalho com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) e também do  grupo de motoristas dissidentes, que puxou a paralisação. E essa é apenas uma faceta dos prejuízos, a outra afeta diretamente quem precisava do transporte para uma emergência, como hemodiálise ou cirurgia e acabaram seguindo a pé até o hospital, como aconteceu.A greve dos motoristas de empresas (da Santa Brígida, Gato Preto e Sambaíba), que atendem a região, afetou o comércio e empresas. A situação só não se agravou mais porque os trens e metrô, que apesar de lotados, funcionaram. Sem transporte, muitos funcionários não conseguiram chegar ao trabalho. As perdas se multiplicavam a cada dia de paralisação. Comerciantes do Mercado da Lapa, por exemplo, amargaram redução de 70% no movimento das bancas. E a história ainda não acabou. Sem acordo na audiência de quinta-feira, a desembargadora de Justiça deu prazo de 24 horas para que sindicatos e empresas (de ônibus) se posicionem sobre o movimento grevista. Também cabe ao Prefeito e ao Secretario Municipal de Transporte exigir uma posição das empresas permissionários, para que evite esse tipo prejuízo à população, com esquemas alternativos. A expectativa de uma decisão definitiva da Justiça ficou para segunda-feira, 26, (às 17h) quando será o julgamento do dissídio coletivo de greve O pior é que a sociedade que mais precisa do serviço sofre as consequências do ato, enquanto quem provocou o transtorno nem sempre é penalizado. Tomara que a decisão da Justiça traga de volta a tranquilidade e a certeza de dias melhores para a população,  empresários e comerciantes  que já ficaram com o prejuízo desses dias de paralisação.  

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA