Benko quer investigar Sabesp

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Vereador foi o autor do pedido de CPI

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quarta-feira (6) o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato de fornecimento e distribuição de água na cidade pela Sabesp, por 30 votos. O autor do requerimento, vereador Laércio Benko (PHS) vai presidir a comissão que terá mais 8 membros. As outras oito vagas da CPI serão preenchidas obedecendo à ordem da representação partidária, PSDB, PT, PSD,PV,PTB, PMDB, Pros e Bloco Parlamentar PR/DEM, com indicação de um integrante cada um. Os partidos têm até a próxima semana para indicar os membros da comissão. “Pretendemos com esta CPI investigar o contrato de prestação de serviços entre a Sabesp e o governo de São Paulo. Vamos apurar o atual contrato porque entendemos que ele não está sendo cumprido. Já falta água na zonas leste e norte, enfim, o atual contrato será apreciado”, comentou Benko, autor do requerimento de CPI.

A bancada do PSDB votou contra a instalação da CPI. O líder da legenda, Floriano Pesaro, criticou a aprovação e disse que o pedido tem fins eleitoreiros. A CPI proposta por Benko teve apoio do PT, PMDB, PSD e PP, que estão em coligações de outros candidatos ao Palácio Bandeirantes. Segundo Pesaro, o objetivo é atacar o governador Alckmin que concorre à reeleição e alavancar as candidaturas de Alexandre Padilha (PT), Paulo Skaf (PMDB) e do próprio Benko que também é candidato ao governo de São Paulo. O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) disse que a criação da CPI não tem fundamento, já que os contratos da Sabesp são públicos.

A CPI vai ter  duração de120 dias para descobrir os motivos da falta de água nas regiões da Cidade apontadas pela CPI. Para o presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonietta de Lima e Silva, o vereador Benko tem razão. “O problema (da crise de escassez) deveria ter sido previsto anos atrás, com investimentos para evitar o que está acontecendo. Hoje a água já vem branca e com cheiro ruim aqui na Pompeia. Se faltar o que a gente vai fazer?”, reclama Antonietta. 

Para o presidente da Universidade da Água, Gilmar Altamirano, as pessoas serão obrigadas a mudar sua relação com a água e tratá-la como um bem preciso.

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