Lojas devem dar ao menos duas sacolas

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Secretário Simão Pedro estabeleceu novas regras sobre as sacolinhas

Nesta semana completou um mês a proibição no comércio de São Paulo da distribuição de sacolinhas plásticas brancas, que deveriam ser substituídas por modelos padronizados e feitas de plástico renovável. A nova lei, sancionada na gestão Kassab e regulamentada por Fernando Haddad, tem como objetivo auxiliar na ampliação da coleta seletiva na Cidade, pois o modelo verde da sacola é destinado para o descarte de recicláveis.

No entanto, a grande discussão entre consumidores é sobre a legitimidade da cobrança pelas novas sacolas, que muitos consumidores discutem ardorosamente, e que não está contemplada na lei. “É um verdadeiro absurdo empurrar para o consumidor mais este custo. Quando consigo pego as caixas para levar as compras, mas muitas vezes esquecemos e temos que arcar com estas sacolas que não são tão boas como eles defendem”, afirma nervoso Augusto Mendes de Campos saindo de um supermercado da região que cobra 10 centavos pela sacolinha.

A polêmica do pagamento ou não pela sacola não está contemplado na lei. Por esta razão as regras mudam novamente a partir desta segunda-feira, 11, quando será estabelecida uma regra temporária para a distribuição de sacolas. Os supermercados terão que dar de graça até duas sacolinhas para os clientes, independentemente do valor da compra, por 60 dias.

A Prefeitura de São Paulo entrou com um pedido na Justiça para impedir a venda das sacolinhas nos supermercados. A administração municipal alega que os comerciantes devem contribuir com a conscientização da população, fornecendo as sacolas reutilizáveis, para ajudar a preservar o meio ambiente.

Nova legislação reduz em 60% o uso de sacolinhas

A nova legislação paulistana garantiu queda média de 60% na distribuição de sacolas em diversos estabelecimentos da capital, segundo estimativa da Associação Paulista de Supermercados (APAS). “O objetivo da nova lei tem sido atingido. Estamos próximos a resultados que podem ser equiparado à meta almejada por países europeus”, diz o superintendente da APAS, Carlos Corrêa.

Dados do Ministério do Meio Ambiente apontam que 1,5 milhão de sacolas plásticas são distribuídas por hora no Brasil e que a solução ambiental para esse problema envolve, necessariamente, uso consciente das sacolas plásticas e o uso de meios de transportes retornáveis para acomodar suas compras. Nesta semana, o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, afirmou que a coleta seletiva cresceu 12% durante o mês de abril em São Paulo, parte devido à vigência da nova legislação municipal.

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