O desafio das Zeis

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A audiência pública temática sobre ZEIS, realizada na Câmara, em 06 de julho trouxe alguns dos dilemas quanto ao uso do solo no município. Primeiro uma pressão dos movimentos de moradia que buscam minimizar o déficit habitacional e segundo são os movimentos em defesa do verde. 

São Paulo teve 13,5% de todo o seu território demarcado, para a construção de empreendimento de interesse social. Isso representa cerca de 200 km² da cidade. É compreensível que haja nestas demarcações conflitos locais, pois são mais de 2.500 áreas. 

No transcorrer da audiência, movimentos do meio ambiente, em especial. ‘o Parque dos Búfalos’ se posicionaram contra a utilização da área, para a criação de moradia popular, pleiteando assima manutenção do parque, na zona sul.

Outro movimento que preocupa é demarcação de ZEIS 3 em áreas consolidadas, como Mooca, Pari, Brás, Ipiranga e até Vila Leopoldina.Nesse último, os moradores da região pleiteiam a criação de um parque, e do outro, a possibilidade de um projeto paisagístico para edificações verticais e a inclusão de equipamento social.

O zoneamento tem o desafio de compatibilizar o uso do solo, acolher as demandas dos movimentos de moradia, preservar o verde, mitigar os problemas da mobilidade urbana e atender a empregabilidade. Ainda é tempo para planejar o uso racional das áreas vazias e não permitir a degradação do que já temos instalado! É agora!

Paulo Frange é vereador de São Paulo e relator da Lei de Zoneamento (PL-272/2015).

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