ARTIGO
Soninha Francine, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Pela primeira vez, as eleições para o Conselho Tutelar ganharam repercussão mais próxima da sua importância, em resposta aos grandes esforços para chamar atenção da população e da mídia. Em 2023, o número de eleitores passou de cerca de 150 mil para mais de 200 mil.
Também reverberaram mais os problemas que são comuns a todo processo eleitoral: o desconhecimento sobre os candidatos e sobre a função dos eleitos, e a interferência de fatores diversos sobre o processo de escolha, como disputas de poder local e de influência em nível nacional.
O que se espera das Conselheiras e Conselheiros eleitos é que, respeitado o direito inalienável às suas crenças e visões de mundo, frequentemente divididas em “conservadoras” ou “progressistas”, dediquem seu mandato à atenção aguerrida às crianças e adolescentes, tantas vezes vítimas de violações abomináveis. Compete a eles recorrer a órgãos públicos e acionar toda uma Rede de Proteção da qual, afinal, somos todos parte. É complexo e sofrido. Demanda conhecimento técnico, disponibilidade e amor à causa.
Bem-vindas e bem-vindos a muito trabalho.