Entre ganhos e perdas

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Dois fatos marcaram a semana nos bairros. Um deve ser avaliado como positivo: a nomeação de Paulo Garcia (Paulinho), pessoa ligada às comunidades locais para o cargo de diretor do Pelezão. O outro pode ser considerado altamente negativo: o processo do Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa.
Não é exagero algum dizer que a chegada de Paulinho ao Pelezão se trata de uma vitória comunitária, uma vez que várias entidades pleitearam tal indicação junto à Coordenadoria de Educação de Pirituba. Essa reivindicação amparava-se na própria dinâmica de governo idealizada pelo então prefeito José Serra, que sempre defendeu a bandeira da participação da comunidade no gerenciamento da coisa pública. Entidades como Consab´s, OAB-Lapa, Associação Comercial de São Paulo (Distrital Lapa), entre outras, fizeram chegar à prefeitura o desejo de, por meio de Paulinho, colocar em prática a tal gestão participativa.
O preenchimento dessa vaga, inexplicavelmente aberta desde janeiro de 2005, também soma pontos no currículo do vereador Claudinho de Souza, que se mobilizou no intricado front político do Executivo Municipal para garantir a nomeação de Paulinho.
Mas a mesma comunidade que ganha com esse tipo de abertura dada pela prefeitura e com engajamento direto de um vereador em temas locais, perde com a condução equivocada do processo de revisão do Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa (PRE) e a ausência de representantes do Legislativo capazes de mediar o inexplicável silêncio da administração local em torno dessa questão. Entidades como Mover, Assampalba e Defenda São Paulo, engrossam o coro dos descontentes com a atuação da subprefeitura, questionando-a por não aberto, já no ano passado, plenárias de discussões sobre a revisão do PRE, peça integrante do Plano Diretor.
A ser seguido o calendário, a revisão do Plano Diretor entra numa fase final. A comunidade sustenta que o documento elaborado pela subprefeitura como texto revisado não é fruto de um amplo debate público. A exemplo do Pelezão, a mediação política aqui é imprescindível para reparar tamanho equívoco na gestão da coisa pública, sob o risco de a população (moradores e empresários) de todos os distritos da Subprefeitura da Lapa pagarem um preço muito alto, pois ela não sabe, efetivamente, que revisão saiu dos corredores da Rua Guaicurus, 1000.

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