Lapa ao pé do ouvido

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Inês e Lumena: um trabalho em sintonia

As duas foram batizadas com um mesmo primeiro nome: Maria. Ambas se orgulham de morarem na Lapa, um bairro que, segundo elas, ainda permite desfrutar uma certa qualidade de vida. Diariamente, elas cruzam importantes vias da região em direção a uma das mais tradicionais avenidas da capital, a São João. Do alto de seus gabinetes, no edifício Olido, elas têm uma vista privilegiada do centro de São Paulo, cidade sobre a qual mantêm ouvidos permanentemente abertos para analisar milhares de reclamações e sugestões do cada vez mais exigente e responsável cidadão paulistano.
Em comum além de terem trabalhado nos últimos anos em cargos ligados à defesa do consumidor, elas agora determinam o ritmo da Ouvidoria Municipal. Uma, a socióloga Maria Inês Fornazaro, assumiu em meados de agosto, o cargo de Ouvidora cidade. A outra, a advogada Maria Lumena Balaben Sampaio, ocupou a função interinamente em julho, sendo convidada por Maria Inês para a chefia de gabinete desse órgão público criado há 5 anos. “É desejo do prefeito dotar a Ouvidoria de um perfil muito próximo daquele dos institutos de defesa do consumidor”, explica Maria Inês. “Eu venho de passagens por órgãos desse tipo na iniciativa privada e área pública (diretora do Procon). A Lumena também tem trajetória semelhante. Por isso decidi convidá-la para chefiar o meu gabinete”, acrescenta.
Mas o que significa fazer uma Ouvidoria Municipal se aproximar do perfil de um Procon, por exemplo? A própria Maria Inês responde. “Temos de tratar o cidadão como consumidor de um tipo particular de serviços: aqueles prestados pelo município”. Segundo ela, o paulistano sabe, hoje, reivindicar suas necessidades.“Existe um amadurecimento que vem desde o Plano Cruzado. O cidadão que liga para a Ouvidoria é firme e objetivo em suas argumentações. Ele sabe que tem direito a um determinado tipo de serviço”, analisa a ouvidora. Sua chefe de gabinete emenda: “Ele traz para a esfera pública aquilo que aprendeu no contato com o setor privado, tendo como guia o Código de Defesa do Consumidor”, acrescenta Lumena.
A Ouvidoria deve ser acionada quando as solicitações feitas no 156 ou nas subprefeituras não forem atendidas. Basta ligar para 0800-175717 ou enviar carta para Ouvidoria-Geral d

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