Questões regionais em debate

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Mesmo com agenda cheia, subprefeita abre espaço para a imprensa

Durante a semana, a subprefeita
Soninha Francine conversou com o JG, numa entrevista que publicamos na
íntegra, dividindo-a em duas partes. A primeira delas publicamos a
seguir, reservando a segunda para a próxima edição.

JG – Qual o plano de execução das obras antienchentes ao alcance da Sub?
Soninha: Teremos três grandes obras este ano na Subprefeitura em duas
áreas problemáticas – o restauro do sistema de esgoto na região do
Terminal e Mercado da Lapa, consertando trecho que foi danificado nas
obras do terminal; a conclusão da galeria do Tiburtino, com a
construção de um ramal que passe por baixo da linha do trem e chegue ao
rio; a desobstrução das galerias sob a Avenida Pompéia, com a
recuperação de sua capacidade original, e a abertura de novas
bocas-de-lobo ao longo do curso dos córregos. Os recursos virão do
convênio da Prefeitura com a Sabesp e da Operação Urbana Água Branca.

JG – Como garantir o cumprimento dos recapes prometidos mas não cumpridos?
Soninha: A Sub não pode “garantir”. Fiz solicitação à Secretaria de
Coordenação das Subprefeituras, que também não tem recursos financeiros
mas se comprometeu a buscá-los em outras esferas. Minha pretensão é de
que saiam ainda este ano.

JG – Leitura atenta do problema das caixarias mostra que não bastam
operações limpeza e remoção. Qual a sua análise em relação a esse
problema social?

Soninha: O material do caixote pode ter valor econômico de outra
maneira – triturado e compactado, pode servir para fornos de padaria,
por exemplo, ou para a confecção de determinados tipos de artefatos de
madeira. Mas é preciso haver área adequada para seu armazenamento e
trituração, e isso está sendo negociado entre a Subprefeitura e a
Ceagesp, com boas chances de sucesso (o interesse é mútuo). Enquanto
isso, vamos intensificando as ações de fiscalização e apreensão –
dentro da medida das nossas possibilidades. Para cada 500 metros de
calçada, são necessárias 6 a 8 viagens de caminhão.

JG – Na Doze e Cincinato Pomponet, a Sub, em 2005, concluiu que para
respeitar a lei, lá só podem trabalhar 105 ambulantes. Como isso será
resolvido com o novo cadastramento?

Soninha: A atualização cadastral sozinha não resolve nada. Ela
apenas permite confirmar que os permissionários existem, estão com os
documentos em dia, ocupam o lugar que realmente lhes foi destinado.
Além disso, é preciso impedir a instalação de ambulantes sem TPU
(licença da Prefeitura) e coibir atividades ilegais – ao mesmo tempo em
que se oferecem alternativas de trabalho ou ao menos capacitação para
que se busquem alternativas.

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