Futuro do PS Lapa

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Comunidade aguarda promessa feira por Montone em abril de 2008

A informação vem da própria Secretaria
Municipal da Saúde: até o final deste semestre o Pronto-Socorro da Lapa
deverá estar sob a gestão da Fundação Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo pondo fim a uma novela, cujo enredo se
arrasta por mais de 12 meses. Em entrevista ao JG, o secretário adjunto
José Maria da Costa Orlando admitiu que dificuldades burocráticas
impediram que, conforme prometera o secretário Januário Montone, o
acordo entre Prefeitura e Fundação fosse assinado em maio do ano
passado. “De lá para cá superamos várias etapas. Agora estamos na reta
final dos procedimentos necessários para que o PS Lapa possa ser
entregue a gestores da Fundação Faculdade de Medicina da USP, com
supervisão plena da Secretaria Municipal da Saúde”, explica Orlando.
Médico, especialista em Unidades de Terapia Intensiva, Orlando
acompanha de perto o desfecho das negociações e garante que, uma vez
sacramentado o acordo, o PS Lapa entrará numa nova fase. “De imediato,
a Fundação receberá R$ 6 milhões para serem aplicados em reformas da
infraestrutura física e mais 480 mil para equipamentos”.
Ao explicar os trâmites burocráticos que retardaram a assinatura do
acordo, Orlando explicou que, num determinado momento as expectativas
da Secretaria e do parceiro eram completamente divergentes, pois a
Fundação queria trabalhar num grau de excelência que a Prefeitura não
tinha como garantir. “Não estávamos adotando esse modelo de parceria
apenas no PS Lapa, mas também nos outros 15 Prontos-Socorros sob nossa
responsabilidade”, disse Orlando. “Ponderamos que a evolução da
recuperação do PS Lapa passará por etapas e conseguimos, finalmente,
firmar o acordo que será concretizado, faltando apenas pequenos
detalhes para tanto”.
Orlando também admitiu que, atualmente, existem dificuldades para
composição do quadro de médicos no PS como, por exemplo, a contratação
de mais um ortopedista. Hoje, em alguns dias da semana não existe
ortopedista trabalhando no pronto-socorro lapeano. “Uma das vantagens
desse modelo de parceria que propomos é que o parceiro tem mais
flexibilidade para contratar profissionais com salários mais atraentes.
Muitas vezes as vagas em hospitais e prontos-socorros não são
preenchidas justamente porque o salário que a Prefeitura oferece não é
atraente em termos de mercado”, explicou Orlando.

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