“Vou-me embora…”

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Nereu Mello escreve semanalmente para o Jornal da Gente

“Lá sou Amigo” do Filho do Rei.

Ele me quer muito bem, vai me mostrar as belezas que o Pai tem e me convidar para sentar com Ele e com Ele conversar sobre assuntos importantes. Ele é meu Amigo e gosta de conversar e mesmo aqui, na Terra, Ele vem sentar-se comigo e nós conversamos muito sobre todas os assuntos e Ele é muito bom de ouvido, é paciente e sorri das bobagens que eu faço e fiz em tantas vidas vividas.

Vou-me embora para o Céu.

Lá terei um cantinho quieto, com aromas sublimes: ali eu me sento e posso ficar comigo mesmo uma porção de tempo, a pensar, a pensar, a viver, apenas viver, sem medos e sem ambições de ter muitas coisas e de ser muitas coisas que não tive e nem fui.
Vou-me embora para o Céu.

Lá vou encontrar os que já encontrei e também encontrarei os que jamais encontrei, mas são todos meus Amigos e me querem muito bem. Nós falaremos de outros que não vemos ali porque estão em outros lugares ainda melhores. E falaremos de trabalhos e de amizades tão antigas.

Vou-me embora para o Céu.

Lá poderei amar de verdade o verdadeiro amor em que nada me é exigido e do qual nada eu exijo, verei meninos e meninas, moços e moças, homens e mulheres, velhos e velhas, todos cantando uma canção que nunca ouvi por aqui. E todos nós seremos um grupo unido e feliz: as crianças serão como sílfides bailando no ar…
Vou-me embora para o Céu.

Lá vou ver de novo minha mãe, talvez veja o meu pai e talvez ele goste de me ver e me sorrirá, dizendo: está tudo bem, Nereu!
É hora de vivermos a Paz de Jesus. Verei meus tios e meus primos.

Meu Deus, eu quero ir-me embora para o Céu! Quem sabe eu encontre o Manuel Bandeira e João Paulo II. Quem sabe?

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