Segredo no Parque

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A luta da comunidade para transformar a ex-usina de compostagem da Vila Leopoldina em parque é antiga. Cada vez que um secretário assume o cargo a frente da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, a primeira cobrança é a implantação de um parque, o Orlando Villas Bôas, no local. Apesar de funcionar em área da Sabesp (anexa), o terreno original de implantação do Parque Orlando Villas Bôas é a ex-usina, desativada em 2004 na gestão da prefeita Marta e determinada por Lei 14.686/2008 de autoria do vereador Gilberto Natalini.

Na quarta-feira, quase que os representantes da comunidade ficaram fora da história, ou melhor, da reunião com os secretários municipais do Verde e Meio Ambiente (adjunto), Ricardo Brandão, e de Serviços, Simão Pedro. Um mistério foi feito em torno da visita dos secretários ao parque e a área da ex-usina, mas a informação vazou e representantes da comunidade envolvidos na luta em melhorar as atuais instalações (que funciona em área da Sabesp com Permissão de Uso para Secretaria do Verde) e a implantação de um parque na ex-usina, estavam lá logo cedo.

Surpresos e sem saída, a gestora e os secretários decidiram por uma reunião com todos no próprio salão do parque que funciona em área da Sabesp com Termo de Permissão de Uso (até fevereiro de 2015 para a Secretaria do Verde). Na verdade, a atual área do Parque Orlando Villas Bôas foi inaugurada como primeira fase do equipamento em 7 de janeiro de 2010 pelo então governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab, na gestão da subprefeita Soninha, para atender a comunidade enquanto o processo de análise para descontaminação da ex-usina de lixo fosse concluído. Na época, a abertura da área de lazer da Sabesp à comunidade foi considerada uma conquista depois de muita luta de entidades como o Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa, Movimento Popular da Vila Leopoldina e do historiador José Carlos de Barros Lima.

A troca de uma área da Prefeitura, usada pela Sabesp, pela do parque está em negociação, segundo o secretário adjunto do Verde. Caso a negociação não se confirme, a comunidade pode ficar sem o equipamento porque a secretaria alega falta de recursos para pagar pelo terreno. A comunidade pressiona para que a Prefeitura invista na ex-usina, uma área municipal, para garantir um parque para região. Ao secretário de Serviços cabe retirar equipamentos que foram usados pelas cooperativas de reciclagem no local. Após a reunião, os secretários visitaram a área sem a comunidade. Agora, conselheiros participativos vão pedir vistoria conjunta para desvendar o segredo que ronda a instalação do parque no local.

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