Impactos regionais do PDE

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Sempre atentos quando a questão envolve o planejamento urbanístico da cidade, moradores, empresários e entidades representativas de toda nossa região se preparam para, mais uma vez, discutir o Plano Diretor Estratégico (PDE) do município, desta vez com o objetivo de contribuir para sua revisão intermediária – algo que, vale ressaltar, é fundamental para promover os ajustes necessários para que o documento, de 2014, possa cumprir seu papel como fomentador de uma política urbana para a São Paulo do século XXI.

A intenção do poder público nesse processo de revisão é garantir uma participação popular ampla, democrática e transparente, com a contribuição massiva de toda a sociedade paulistana. Dada a localização estratégica da área da Subprefeitura Lapa – situada bem na confluência dos rios Pinheiros e Tietê – as mudanças urbanísticas contempladas aqui na revisão do Plano Diretor certamente terão impacto significativo em toda a cidade. E, por isso mesmo, suas propostas deverão ser estudadas com o máximo de atenção e discernimento pelos agentes públicos e a população que mora e trabalha na região.

Entre as questões regionais de maior impacto para a cidade inseridas na revisão do PDE estão a habitação social e a transformação ambiental. Na primeira delas, estará em debate a reestruturação conceitual dos Projetos de Intervenção Urbana (PIUs) – entre eles o Leopoldina, Arco Pinheiros e Arco Tietê -, ao qual o Projeto de Lei que propõe a revisão do Plano Diretor dedica um capítulo inteiro. Com um arcabouço que pretende evidenciar o planejamento territorial voltado para o desenvolvimento sustentável de toda essa enorme área, os três PIUs geram polêmica ao propor a construção de habitações populares em meio a uma região que vem se consolidando por atrair investimentos imobiliários de padrão mais alto.

Já em relação ao impacto no meio ambiente, a revisão do Plano Diretor abre espaço para a reabertura do Parque Leopoldina – Orlando Villas-Bôas, construído em um terreno estadual, e a desejável e necessária  ‘fusão’ dessa área verde à outra contígua:  a antiga usina de compostagem da Vila Leopoldina. A se concretizar essa ideia, a Leopoldina, que já abriga o belo parque Cândido Portinari, seria contemplada com mais uma enorme área verde e de lazer, para o uso não apenas dos moradores locais, mas da população de  toda a cidade.

Como se vê, há muito em jogo quando se trata da transformação urbanística da nossa região. Se quisermos garantir que ela seja feita de forma a trazer maior qualidade de vida para todos que moram e circulam por aqui, beneficiando também a cidade de forma geral, a participação nas discussões envolvendo o PDE é obrigatória.

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