Audiência Pública do Zoneamento tem baixa adesão

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Foto: Divulgação

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Participantes reclamam do modelo online

Explanação oficial sem o auxílio de mapas de localização e questionamentos dos munícipes que não levaram em conta avaliações de caráter macroterritorial. Esse foi o tom da Audiência Pública Regiões Centro e Oeste (subprefeituras Sé, Lapa, Pinheiros e Butantã) sobre a Revisão da Lei do Zoneamento, realizada de forma virtual na noite da terça-feira, 22.

O JG acompanhou o evento, que no pico de participação registrou apenas 84 inscritos na plataforma Teans, com pelo menos 20 pessoas representando esferas públicas Trata-se de uma pequeníssima participação, levando-se em conta que somente na região da Subprefeitura Lapa moram mais de 300 mil pessoas.

Moradores e empresários primeiramente ouviram explanações gerais a respeito das adequações sugeridas pela prefeitura no Projeto de Lei que revisa parcialmente a atual Lei Zoneamento. Um dos destaques da apresentação feita pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) foram dispositivos que protegem as vilas localizadas em áreas de adensamento.

Por outro lado, a SMUL teve dificuldades em sustentar garantias de um zoneamento equilibrado diante da autorização concedida na recente revisão do Plano Diretor Estratégico para maior verticalização no miolo dos bairros.

Questionamentos nesse sentido vieram de moradores e associações da Vila Anglo, Perdizes, Vila Leopoldina e Pinheiros. No caso da Vila Anglo, uma das demandas, já divulgada pelo JG, fazia menção ao atual zoneamento: a construção de um prédio de 16 andares em rua sem saída junto a uma praça.

O secretário de Urbanismo e Licenciamento, Marcos Gadelho, reconheceu que, em um processo de revisão de parâmetros urbanísticos como esse da Lei de Zoneamento, existem dificuldades a serem vencidas. “Nem sempre avançamos como imaginamos, mas buscamos o melhor”, disse Gadelho, que garantiu empenho na busca de harmonia entre Executivo e Legislativo (a revisão proposta no PL da Prefeitura será encaminhada para votação na Câmara). “Garantimos nesse processo transparência e participação”, afirmou Gadelho, que momentos antes ouviu crítica de uma munícipe, que lamentava a realização de Audiência Pública Virtual, afastando do debate pessoas sem acesso à Internet ou com dificuldades de interagirem virtualmente.

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