Urbanização dá novo visual ao bairro

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Ao completar 72 anos, o bairro do Jaguaré ganha novo visual com as obras de urbanização dos 160 mil metros quadrados da favela Nova Jaguaré. A ocupação da área municipal teve início em 1960. As terras pertencem à Prefeitura, que recebeu a área em doação de Henrique Dumont Villares, para a construção de uma área verde, na época do loteamento.
Abandonada pelo poder público, famílias de baixa renda se alojaram no local dando origem ao núcleo habitacional. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), a preocupação do órgão foi com o aumento significativo das moradias ao longo dos anos e a ocupação desordenada das áreas, uma vez que já ocorreram vários deslizamentos e até incêndios, sem vítimas.
Uma nova diretriz da Sehab quer preservar o maior número possível de famílias no local, o projeto original foi revisado. Com as alterações, serão construídos edifícios de sete pavimentos no máximo, com dois apartamentos por andar, permitindo que mais famílias continuem no local.
Com o Programa de Urbanização de Favelas, o projeto beneficiará diretamente quatro mil famílias, cerca de 16 mil pessoas, além da vizinhança, com a implantação da infra-estrutura de serviços públicos.
O valor do investimento é de R$ 105 milhões, que serão pagos com recursos da Prefeitura e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU.
No balanço geral da urbanização, os números são significativos: 10 mil metros lineares de canalização de esgoto, 3 mil metros de galerias para drenagem das águas pluviais, nove mil metros de rede de água, 25 mil metros quadrados de pavimentação de ruas e vielas, 10 mil metros quadrados de áreas verdes e de lazer, além das obras de contenção e estabilização das encostas para eliminação das duas áreas de risco.

Unidades

Na margem da Rua José Maria da Silva com a Avenida Marginal do Rio Pinheiros serão erguidas as unidades habitacionais com 46 metros quadrados de área útil, onde serão atendidas famílias com renda de um a três salários mínimos. Os moradores assinarão o Termo de Permissão de Uso (TPU) e pagarão a taxa de 15% da renda familiar apurada. As famílias terão até dois anos para apresentarem uma renda mínima para ingressar em um contrato de financiamento com a CDHU, que pode ser de até 25 anos.
O valor pago no TPU será abatido do saldo do financiamento. Caso não possam, eles ficarão pagando a mesma taxa a título de aluguel.
A conclusão da obra, com cerca de 998 unidades habitacionais, está prevista para o segundo semestre de 2009.

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