CPI pode frear parque

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Explicações de Aquino não convenceram os vereadores

Se depender da Câmara Municipal, a
Prefeitura de São Paulo, em particular a Secretaria Municipal do Verde
e Meio Ambiente (SVMA), terá que rever todo o processo que transformará
a ex-usina de compostagem e a sede regional da Sabesp na Vila Lepoldina
no prometido Parque Orlando Villas Bôas. Tudo porque vereadores da
Comissão Parlamentar de Inquérito dos Danos Ambientais fazem sérias
objeções às propostas apresentadas pela Cetesb e SVMA para a liberação
da área da ex-usina, tornando-a espaço verde.
Segundos técnicos dos dois órgãos bastaria cobrir o solo contaminado
por metais pesados como chumbo e zinco com pelo menos 50 cm de terra e
a área estaria pronta para ser transformada em parque, com algumas
pequenas restrições, como proibição do uso das águas subterrâneas e a
plantação de árvores frutíferas, por exemplo. “Se a contaminação do
solo superficial já aparece numa profundidade mínima (5 cm), qual o
problema em seguir com uma remediação total do terreno com a remoção da
terra contaminada?”, questionou o vereador Paulo Frange (PTB), membro
do G-8 (grupo de vereadores engajados com a Lapa), durante sessão da
CPI realizada na terça-feira, 18. A resposta para essa questão pode
estar nas explicações do engenheiro da Cetesb, Vicente de Aquino Neto.
Ele garantiu aos vereadores que para tornar mais ágil o processo de
liberação da área contaminada, a solução de cobrir a ex-usina com terra
limpa é a ideal. “É um processo seguro. Eu deixaria meu filho brincar
no parque sem problema algum”, afirmou Aquino ao ser questionado pelo
vereador Juscelino Gadelha (PSDB). “É duro admitir, mas temos em São
Paulo um subsolo podre o que requer cuidados especiais na liberação de
áreas contaminadas. Isso vale para o terreno da ex-usina e arredores,
onde entendo ser correto o aprofundamento de estudos que avaliem o grau
de contaminação ”, disse Gadelha discordando do imediatismo da Cetesb.
Diante do quadro apresentado e depois de ouvir técnico da Vigilância
Sanitária, os vereadores da CPI decidiram continuar investigando a
liberação da área da ex-usina também da Sabesp, pedindo esclarecimentos
detalhados à Cetesb e SVMA.

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