Nova lei de adoção é avaliada

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Juiz (C) e promotor (E) explicaram a Lei

A convite da OAB Lapa, o juiz
Reinaldo Cintra Torres de Carvalho e o promotor Francismar Lamenza,
ambos atuando na Vara da Infância e Juventude do Fórum da Lapa,
participaram de encontro sobre a nova lei de adoções.
Eles fizeram uma avaliação bastante crítica e pontual: se por um lado o
legislador acerta ao propor ações que dificultem adoções feitas fora do
sistema legal, por outro lado as novas exigências irão requerer ajustes
no tocante à realidade brasileira. “Agora o tempo máximo de permência
em abrigos é de dois anos. Na prática é muito difícil fazer com que
isso se cumpra”, disse Torres de Carvalho, pois 90% dos adotantes
preferem crianças sem irmãos, com até 3 anos e de pele branca, algo que
não é comum nos abrigos. Dessa forma, o drama das crianças “não
queridas” continua vivo na sociedade.
O promotor Lamenza, por sua vez, fez um contraponto. “Ao mesmo tempo em
que se estabelecem prazos menores para deixar do abrigo, aumenta-se o
tempo de conclusão do processo de adoção depois da saída”.

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