Sorocabana recebe propostas

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Funcionários temem não receber salários atrasados

Os funcionários do Hospital Sorocabana que na segunda-feira, 20, protestaram e cobraram a diretoria se agarram numa última esperança: a chegada de um grupo privado da área da saúde interessado em aportar capital numa unidade hospitalar totalmente sucateado. “Fomos procurados por empresários dispostos a investir no hospital de forma que ele passe a receber pacientes com convênios particulares”, explica o presidente do Sorocabana, José Simião. “Esse grupo colocaria em ordem os salários atrasados, investiria em equipamentos e reforma física das instalações”, acrescenta ele.
O plano apresentado pelo grupo privado descarta acordo com a Prefeitura de São Paulo, (com intermediação do Ministério Público) para a criação de um AMA onde funcionava o Pronto-Socorro do Sorocabana. A idéia, segundo Simião é utilizar parte dessa área para a abertura de consultórios médicos.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde e o Ministério Público avaliam uma outra proposta de recuperação do Sorocabana feita por um empresário da região. Por esse projeto, a unidade AMA que a Prefeitura planeja abrir nas dependências do Sorocabana seria mantida. “Mas como o hospital é privado (tem caráter filantrópico) qualquer acordo firmado só se viabiliza com a anuência da diretoria do Sorocabana”, afirma o secretário adjunto da Saúde, José Maria Orlando.
A receber o Jornal da Gente em seu gabinete, Orlando, disse que o sistema municipal se encarregou de transferir os pacientes que estavam internados no hospital da Rua Faustolo via SUS. “Já determinei que a rede municipal não encaminhe mais ninguém para ser atendido no Sorocabana”.
O secretário adjunto garantiu que, independentemente, do acordo com o Sorocabana, a prefeitura mantém a firme disposição de construir uma AMA 24 horas nas proximidades do Hospital. “Conversei com o subprefeito (Carlos Fernandes) para verificarmos a situação de dois imóveis da Prefeitura que podem receber o novo equipamento”, garantiu Orlando. “Também vamos buscar na rede de saúde particular da região, hospitais interessados em ter leitos conveniados com o SUS”, acrescentou ele
Quanto ao empréstimo de R$ 15 milhões feitos pelo hospital, em março deste ano, mediante o compremetimento de 36 parcelas dos repasses mensais do SUS (R$ 400 mil cada uma), José Maria Orlando disse que a operação era de pleno conhecimento da Prefeitura. “Foi a forma que encontramos para manter o Sorocabana funcionando enquanto nos esforçávamos para viabilizar um acordo com o hospital (construção da AMA 24 horas) mediado pelo Minsitério Público”, explicou o secretário adjunto. “As dificuldades continuam, mas eu ainda olho para tudo isso com uma ponta de otimismo”.

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