Balada mexe com o bairro

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Casa muda a rotina do bairro

Na noite de quinta-feira, 9, a pista de dança da Pacha (lê-se pachá) – a mega balada da Rua Mergenthaler, na Vila Leopoldina – abria-se pela primeira vez para jovens e adultos vindos de diferentes bairros paulistanos e até mesmo de outros centros como Alphaville e Campinas. A música eletrônica que varou a madrugada leopoldinense confirmava o que as rodas comunitários – que até agora, apenas ouviram falar da nova casa noturna da cidade – pressentiam: daqui para frente nada será como antes no bairro.
Projetada para receber até 8 mil baladeiros por noite, a Pacha mexe com o cotidiano de um bairro que passará a ser conhecido não apenas por ser a bola da vez do mercado imobiliário, mas também por entrar no circuito do entretenimento noturno de uma cidade que gira 24 horas por dia. “Moro na Zona Sul. Para chegar até aqui me perdi, pois nunca tinha vindo para esta região. Mas valeu a pena. Adorei a Pacha e vou voltar muitas vezes”, afirmava Juliana, uma das tantas baladeiras que naquela quinta-feira de agito foram apresentadas a uma Leopoldina em transformação.

Surpresa

O que chamou a atenção da reportagem do Jornal da Gente nos dias que antecederam a inauguração da mega balada foi o fato de a Subprefei-tura da Lapa e os comandos da Polícia Militar e da Polícia Civil só tomarem conhecimento da existência da Pacha após as notícias publicadas pela imprensa no final de semana (dias 4 e 5). Quem detinha a correta dimensão do empreendimento era a Secretaria de Habitação (Sehab), responsável pela liberação do “Habite-se”. Porém, como ela não é obrigada a compartilhar dados, as informações não chegaram oficialmente a nenhuma esfera regional responsável pela segurança ou fiscalização (subprefeitura). Ou seja, ficaram bloqueadas, dessa forma, ações de um planejamento prévio em benefício dos moradores.
As duas forças policiais, no entanto, reconhecem que a percepção das comunidades do bairro é real. “Pelo tamanho e características dessa casa noturna, podemos dizer que ela nos traz uma preocupação a mais”, afirma o tenente-coronel Izaul Segalla, responsável pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitana 5 (CPAM-5). Na mesma linha seguem os responsáveis pelo 91º DP, que já se reúnem para avaliar um outro modo de ação no entorno da Pacha.

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