Educação para o Thomaz Galhardo

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Desde sexta-feira, a comunidade está apreensiva para saber qual será o destino da Escola Estadual Thomaz Galhardo. A Diretoria de Ensino Centro-Oeste, braço da Secretaria de Estado da Educação, pretende desativar as atividades da escola por causa da baixa demanda. Segundo a diretoria, existem 204 alunos matriculados nos períodos matutino e noturno no Ciclo 1 (1ª a 4ª série). A escola tem capacidade para educar 1.260 estudantes nos dois turnos em suas 18 salas. A Thomaz Galhardo conta ainda com 59 alunos portadores de deficiência.
Independentemente da demanda por vagas, a Thomaz Galhardo é um patrimônio do bairro. O prédio foi construído na década de 1950 e muitas pessoas já estudaram ali, inclusive a apresentadora de TV, Adriane Galisteu.
Os pais dos alunos matriculados e a Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) estão se mobilizando para impedir o fechamento da Escola Thomaz Galhardo. A Apeoesp está passando um abaixo-assinado e o Conselho da Escola também busca apoio da comunidade. Os pais questionam a baixa divulgação de novas inscrições e matrículas, nos últimos dois anos.
A Secretaria Estadual da Educação e a Diretoria de Ensino Centro-Oeste deveriam encontrar alguma maneira para não desativar a escola lapeana, tão querida pela comunidade. Não podemos nos concentrar somente em números. Devemos pensar nas pessoas, que têm como referência o espaço oferecido pela Thomaz Galhardo. Se há problemas na escola, devemos ter coragem de superar a burocracia e pensar mais na educação dos nossos alunos.

Exemplo

Por outro lado, existem iniciativas que podem sensibilizar ainda mais os administradores públicos. Ao mesmo tempo em que a Thomaz Galhardo corre o risco de fechar suas portas, a Escola Vera Cruz, por exemplo, pratica um trabalho voluntário de alfabetização de adultos. A instituição particular, localizada na Vila Leopoldina há 41 anos, reservou um espaço no estacionamento para atender gratuitamente 178 alunos, formados principalmente pelos trabalhadores da Caixaria e do Ceagesp. A Vera Cruz inclusive abriu inscrições para novas turmas de alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ações sociais como esta mostram que a nossa região é privilegiada em entidades e empresas que investem no chamado terceiro setor.

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