Humaitá espera por ações sociais

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Área favelada tem saneamento zero

Um dos bolsões de vulnerabilidade social da Vila Leopoldina, a área favelada do Jardim Humaitá continua à margem das políticas públicas. Recentemente, a Subprefeitura da Lapa divulgou que o Jardim Humaitá foi alvo da chamada “Operação Lapa Limpa”, com ações para retirada de barracos construídos como palafitas dentro do córrego que passa na Avenida Roberto Zuccolo, em frente ao centro de feiras ITM Expo. Em e-mail enviado ao JG, a Sub Lapa explica que “as palafitas foram removidas de uma área de risco em uma bacia de contenção. As famílias foram indenizadas e seguiram, conforme informações por elas fornecidas à nossa equipe, para casa de parentes ou residências em outros bairros. À subprefeitura compete a limpeza do córrego, que é feita com regularidade. Os muros existentes no local definem limites de terrenos particulares. Será feita a recuperação das margens e o plantio de vegetação no local”.
Porém, quem passa pela Roberto Zuccolo vê o triste cenário do abandono da população de baixa renda, incluindo aí várias crianças sem creche. “Não tenho para onde ir. Espero que não derrubem o meu barraco”, disse Credimar Candeia, uma viúva que mora na única palafita que ainda pode ser vista na margem do córrego, logo após o muro citado pela Sub Lapa e atrás do qual estão escondidos vários barracos. Um detalhe chama a atenção de quem passa pela muralha de concreto construída semanas atrás. A engenharia da obra tomou o cuidado de deixar espaço para a passagem de tubos de PVC que jogam diretamente no córrego o esgoto dos barracos. Circulando pela margem do córrego, Sheila carregava no colo seu filho de um ano de idade. “Fui procurar por creche aqui no bairro. Não encontrei vaga”, lamentou ela.
Estima-se que a partir da margem do córrego em direção a terrenos públicos e privados existam mais de 300 barracos. A Sub Lapa não soube responder qual o destino das famílias que habitam essa área favelada.

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