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“Pra Não dizer que Não falei das Flores” é um espetáculo com texto de Éjo de Rocha Miranda e Ana Maria Quintal, que está em cartaz no Teatro Cacilda Becker com apresentações às sextas-feiras, às 20h,
Com situações episódicas, a peça tem a música de Geraldo Vandré como elemento propulsor, revelando a memória, a manipulação da informação e a violência como instrumentos de uma política controladora.
Quatro atores se revezam no palco, buscando uma triangulação com a platéia, que mesmo tratando de assuntos sérios, quer também divertir sem oferecer receitas e soluções prontas ao espectador.
Segundo uma das escritoras do texto e atriz da peça, Ana Maria Quintal, o espetáculo é uma reflexão composta por três movimentos, que correspondem a trechos da apresentação. “O primeiro é em cima da memória, que é justamente o nome do espetáculo (Pra Não Dizer que Não falei das Flores). A gente trabalha com alguns fatos para trazer o público para o questionamento, uma vez que a memória coletiva é uma edição de fatos passados que interessa ao presente”, explica ela.
No segundo movimento, o espetáculo trabalha a informação. “A mídia é uma das principais ferramentas, não necessariamente, ela está a serviço da informação e nem tudo que é difundido é verdade, podendo ser apenas um ponto de vista”, esclarece Ana Maria.
Em época de atentados o terceiro movimento vem a calhar. Nesta parte, a peça aborda a violência e o medo. “Em um estúdio de televisão, um indivíduo que está à margem da sociedade invade o local e tenta fazer um depoimento. Num acidente, ele mata a apresentadora do programa”, revela a autora.
Neste contexto, a peça propõe a troca como elemento essencial na construção de uma força de mudança e oferece ferramentas de reflexão. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer…”
OTeatro Cacilda Becker fica na Rua Tito, 295, na Lapa. Ingressos: 10,00. Mais informações pelo 3864-4513 ou 3672-8939
