Sinal vermelho na Doze

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Uma rua cotidianamente sem planejamento

Quem anda pela região da Doze de Outubro já começa a ter problemas em circular com segurança. Em certas horas do dia é impossível transitar pela calçadas ou mesmo pelo meio fio. “Está tudo muito perigoso. Fui comprar uma fantasia para o Dia das Bruxas e tive de andar no meio da rua, pois as calçadas estavam tomadas por barracas”, afirma Lucia Oliveira. “Além disso, quando era possível subir para a calçada, precisava prestar atenção para não tropeçar nos buracos”, afirma a moradora da Vila Leopoldina.
O JG acompanhou a moradora numa caminhada pelo principal centro comercial da Lapa, desde a Rua Barão de Jundiaí até a Cincinato Pomponet. Foi possível contar cerca de 250 barracas, varais e carros dispostos nos dois lados da Doze. Se contadas as barracas montadas também na Cincinato, o número de ambulantes chega a 300.

Sem controle

Em outubro de 2005, a subprefei -to da Lapa, Paulo Magalhães Bressan, ao entregar um Doze de Outubro revitalizada, comunicava que faria cumprir o estabelecido em lei: 15 metros de distância entre uma barraca e outra. Dessa forma, seriam permitidas apenas 77 barracas. Para a Cincinato Pomponet foram autorizados 28 pontos. Ou seja, nesse perímetro foi estipulado o trabalho de 105 ambulantes. Hoje, o número de camelôs na área é três vezes maior maior. “Estou aqui sem licença atua na Doze. Mas tenho TPU para atuar na Francisco Matarazzo, que é um ponto ruim Se sair daqui, quem é que vai me dar emprego”, questiona um camelô, revelando um dos tantos dilemas que cercam a questão do comercio ambulante.
Com a chegada das festas de fim de ano, a situação no centro comercial laepano deve se agravar.
Para tentar recolocar ordem no comércio ambulante, a prefeitura estuda uma atualização dos Termos de Permissão de Uso (TPU´s), que autorizam o funcionamento de barracas na região. “Estamos brigando na Justiça. Trabalhava na Doze desde a época da (ex-prefeita) Luiza Erundina. No ano passado, a subprefeitura, me mandou para a Barra Funda. Lá não vendo nada” relata uma ambulante.
Algo que poderia ajudar no processo de reordenação da Doze é o projeto de revitalização idealizado pela Associação dos Comerciantes da Lapa (ACEPEL). A proposta apresentada em 2005 ainda não decolou.

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