Área contaminada gera polêmica

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Solo da ex-usina de compostagem está contaminado e Cetesb pede análise mais detalhada

Na questão envolvendo a polêmica
contaminação do terreno da ex-usina de compostagem da Vila Leopoldina
(área reservada para o Parque Orlando Villas Bôas), um novo ingrediente
foi colocado no centro dessa história. De acordo com representantes do
Conselho do Meio Ambiente da Subprefeitura da Lapa (Cades Lapa), a
Cetesb (órgão estadual de controle ambiental) nega a emissão de
qualquer documento dando aval a um processo simplificado de remediação
da área contaminada.
Quatro conselheiros do Cades Lapa ouviram, na segunda-feira, 22, do
gerente de Áreas Contaminadas da Cetesb, Alfredo Rocca, que a empresa
jamais emitiu qualquer documento atestando ser viável a aplicação de
camada de terra limpa sobre o solo contaminado (metais pesados, como o
chumbo). E mais: que desde o ano passado a companhia, controlada pelo
governo do Estado de São Paulo, solicita à Prefeitura, sem no entanto
ser atendida, estudos mais aprofundados sobre a contaminação do solo e
lençol freático na área da ex-usina de compostagem.
Remediar o terreno mediante camada de terra limpa foi uma solução
apontada, primeiramente (2009), por técnicos da Secretaria do Verde e
Meio Ambiente, em Audiência Pública convocada pela subprefeita Soninha
e acompanhada pelo promotor de Meio Ambiente José Eduardo Ismael Lutti
e pelo vereador Gilberto Natalini (PSDB). Em posterior Audiência
Pública e perante à CPI dos Danos Ambientais (Câmara Municipal), o
engenheiro da Cetesb, Vicente Aquino, defendeu tal medida preventiva.
Sabe-se agora que seu chefe, engenheiro Alfredo Rocca, sustenta outro
ponto de vista: oficialmente, a Cetesb entende que para encaminhar um
parecer sobre a solução a ser adotada na descontaminação da ex-usina é
preciso aprofundar as investigações no solo e lenço freático. “Essa
história tem que ser tirada a limpo. Do jeito que está, parece que
interesses políticos e eleitorais prevaleceram diante da segurança
ambiental, forçando a rápida liberação da ex-usina”, afirma o
presidente do Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da
Lapa, José Benedito Boneli Morelli.

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