Acordo propõe a volta da sacola da vovó

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Governador assina parceria com a Apas para estimular uso de sacolas retornáveis

A sacola da época da vovó nunca esteve tão em moda. Hoje, ser fashion é ir às compras com as chamadas sacolas retornáveis, feitas em lona ou qualquer outro tecido, igual a da vovozinha. A iniciativa ajuda na sustentabilidade do meio ambiente. Como a distribuição de sacolas plásticas derivadas de petróleo está com os dias contados nos supermercados, quem não se conscientizar em aderir à moda terá que buscar outras alternativas para transportar as compras.

A previsão do acordo assinado na segunda-feira, 9, entre o governador Geraldo Alckmin, o presidente da APAS – Associação Paulista de Supermercados, João Galassi, e o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, na APAS 2011 – 27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, é que até o final do ano os supermercados deixem de entregar as famosas sacolinhas plásticas ao consumidor. A iniciativa tem o objetivo de estimular a utilização de sacolas permanentes, como a tradicional “sacola de feira’, reduzindo o descarte de plástico no meio ambiente. “Hoje assinamos um protocolo para gradualmente substituir o saco plástico por uma sacola biodegradável ou retornável, que é até o ideal”, disse Alckmin.

Conscientização

Pelo acordo, os supermercados farão campanhas para estimular a mudança de hábito do consumidor, conscientizando-o para a necessidade de utilizar outros meios para o transporte das compras, antes de cessar a distribuição de sacolas. À Secretaria do Meio Ambiente caberá esclarecer, por meio de sua rede de educação ambiental, o prejuízo causado pelo uso das sacolas descartáveis derivadas de petróleo. A expectativa é atingir as escolas da rede estadual e os órgãos governamentais com informações e dicas sobre o tema.

Moda

Quem não aderir as sacolas permanentes terá de arcar com o custo de produção da embalagem ecologica, feita a partir do amido do milho, que estará à disposição nos supermercados pelo valor estimado em R$ 0,19, como alternativa às sacolas de plástico. A vantagem é que a sacola biodegradável se desfaz em até 180 dias em usina de compostagem e em dois anos em aterro.

Já o uso das atuais sacolas plásticas descartáveis traz diversos impactos ambientais: ocupa espaço nos aterros, sua produção utiliza grande volume de água e gera resíduos industriais. Há ainda o uso inadequado e descarte na rua, o que leva o material plástico às galerias e bueiros, causando entupimentos e enchentes, poluindo a água e o solo além de resultar em prejuízo à vida de animais marinhos.

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