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Cerca de 60 pessoas compareceram à reunião do Conselho Comunitário de Segurança, ocorrida na Escola Estadual Mauro de Oliveira, na Vila Anglo, no dia 30 de junho. Coordenado pela presidenta Maria Vargas, o encontro mensal da entidade discutiu a possibilidade de abrir núcleos de ação local, uma espécie de pequenos consegs regionais, para acompanhar cotidianamente os problemas na área de segurança.
“A idéia é que a comunidade local se reúna regularmente em escolas, igrejas ou residências para debater com a vizinhança as questões relacionadas com a criminalidade”, explica o 2º secretário do Conseg, William Lisboa. As reuniões do núcleo local documentariam as reivindicações da comunidade, que escolheria um representante para levar ao conhecimento das autoridades das Polícias Militar e Civil no encontro itinerante do Conseg da Lapa, que acontece todas as últimas segundas-feiras do mês. O subprefeito da Lapa, Adaucto José Durigan, destacou a experiência em Perdizes, onde a atuação permanente num espaço menor está facilitando as resoluções dos problemas no Conseg daquele bairro.
Durante o Primeiro Simpósio do Programa Comunitário pela Valorização da Vida, ocorrido no dia 27 de junho, o presidente do Conselho das Sociedades Amigos de Bairro da Região da Lapa, José Benedito Morelli, o Boneli, tinha dito que nas redondezas da Praça Cívica havia atuação de traficantes de entorpecentes junto aos freqüentadores dos dois locais, principalmente estudantes.
O coordenador do Ensino Médio Regular do Colégio Módulo, Mauricy Bentubo, disse que há três anos seus seguranças fazem um trabalho de proteção aos seus alunos e aos comerciantes no local. Esta versão é reiterada pelo chefe de segurança e disciplina da mesma escola, José Boaventura Santana, que elogiou a ronda escolar da Polícia Militar pela sua eficiência. “Há muito tempo não se registra uma só ocorrência na Praça Cívica, graças ao nosso trabalho e dos policiais”, disse Santana, criticando a “generalização” na fala de Boneli.
O presidente do Consabs, por sua vez, respondeu aos dois funcionários do Módulo que não citou muito menos quis ofender o colégio, apenas queria alertar sobre o problema às autoridades. Boneli também disse que avisou a dirigente da Diretoria de Ensino Centro-Oeste, Walkyria Cattani, sobre o tráfico de drogas também na Praça Professor José Azevedo Antunes, próxima à Escola Pereira Barreto.
Presa quadrilha que aterrorizava Vila Anglo
Quatro homens foram presos no dia 25 de junho pelos policiais da Força Tática, pertencente à 5ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (5ª Cia/4º BPM/M). O tenente Cataruti, o soldado Denis e os cabos Andrade e Ribeiro foram recebidos a tiros durante uma ronda às 18h, na Praça Rio dos Campos. O cabo Ribeiro, que estava na viatura M-04574, foi atingido na coxa direita. Ele foi levado ao Hospital São Camilo, antes de ser encaminhado ao Hospital da Polícia Militar. Está fora de perigo.
Os policiais também responderam a bala, atingindo Edmílson Jianotti, vulgo Sapatinho, fugitivo e procurado pela Justiça, que passa bem. Segundo a polícia, os outros três bandidos, Rogério Xavier dos Santos, Robson de Freitas Dinis, chamado de Tuca, e Francisco Luis Ferreira, conhecido como Chico Loco, portavam tóxicos e já tinham passagem pela polícia.
A quadrilha vai responder por tentativa de homicídio, resistência à prisão, tráfico e porte de entorpecentes. Os quatro criminosos estão presos no Centro de Dentenção Provisória de Guarulhos. A ocorrência foi registrada no 7º Distrito Policial (Lapa). A comunidade de Vila Anglo agradece a atuação dos quatro policiais ao desmantelar o bando de alta periculosidade que aterrorizava a região.
Segundo o capitão Edmilson Miranda, apenas um carro de polícia está no pátio da 1ª Companhia do 4º BPM/M, com problemas mecânicos. Outras nove viaturas estão sendo reformadas. “Acredito que em breve teremos 90% da nossa força, patrulhando as ruas do bairro”, prometeu. O capitão Miranda também disse que, depois de 15 anos, a auto-estima dos policiais está melhorando.
