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Moradores da Rua Mário se mobilizaram e criaram uma comissão para prevenir da violência urbana. A iniciativa foi tomada depois que o local ganhou as manchetes dos jornais por conta da morte do físico nuclear, George Lucki, vítima de uma tentativa de roubo onde três homens renderam seus familiares para levar um veículo da família, no dia 11 de maio, na porta de sua casa, na Vila Romana.
Foi nessa época que familiares e vizinhos de Lucki iniciaram os encontros e descobriram que a rua, aparentemente calma, era constantemente invadida por criminosos e que a maioria dos moradores já havia passado por uma experiência de seqüestro relâmpago ou roubo de veículos e residência.
Independentemente do Conselho Comunitário de Segurança da Lapa (Conseg), os moradores criaram medidas de proteção. Um consultor de segurança empresarial, Edson Galvão de França, orienta os moradores. “Procuramos conscientizar as pessoas de que é preciso agir em conjunto com a polícia. Estamos dialogando com o doutor Barbosa (delegado do 7º DP) para discutir uma forma de prevenção à atuação dos criminosos”, explica França.
Medidas
Segundo o consultor, a primeira mudança foi comportamental. “Muitas pessoas que moram há vários anos na mesma rua, não conheciam seus vizinhos. O primeiro passo foi a troca de telefones e também eles passaram a se cumprimentar mais vezes durante o dia, principalmente ao sair ou chegar em casa, acenando, acendendo luzes ou tocando telefones, formando uma rede de proteção”, disse o consultor.
Outra medida que está sendo tomada é a contratação de uma empresa especializada em segurança para fazer a ronda dos dois quarteirões da Rua Mário, da Rua Marco Aurélio até a Rua Vespasiano. Na última reunião dos moradores, na quinta-feira, 28, ficou definido a confecção de uma cartilha com todas as decisões que já foram definidas pelo grupo. Durante o encontro, moradores de outra rua, a Marcelina, se interessaram pela iniciativa e também querem criar um movimento semelhante para afastar a criminalidade.
