Obras embargadas na Leopoldina

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Numa semana em que a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) ocupou as páginas políticas (críticas do presidente Lula) e policiais (revolta na unidade do Tatuapé) dos jornais paulistas, as comunidades leopoldinenses comemoram o embargo da construção dos dois prédios que a Febem havia projetado para a Vila Leopoldina. A promotoria da Infância e Juventude conseguiu liminar que impede o andamento das obras que resultariam em dois edifícios, que no total abrigariam 150 menores. Acontece que em 1996, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente determinou que a capacidade máxima nas unidades passaria a ser 40 jovens. “Conseguimos o que podemos chamar de vitória de primeiro tempo”, afirma a presidente do Movimento Popular da Vila Leopoldina, Gláucia Mendonça Prata. “Mas a luta continua, pois esse processo vai ter desdobramentos. O que queremos é o cumprimento da lei, algo que o governo estadual insiste em contrariar”, acrescenta.
Desde o ano passado, quando o então governador Geraldo Alckmin bateu o martelo autorizando a construção de uma unidade da Febem em terreno próximo ao Cadeião (Marginal Pinheiros), vários setores da comunidade se mobilizaram. “Realizamos reuniões com representantes do governo, da Febem, da Assembléia Legislativa e também do Ministério Público. O Objetivo foi mostrar a todos que o projeto de uma Febem no bairro nasceu de maneira equivocada”, lembra Gláucia.
De acordo com a liminar, se a Febem insistir em continuar levando adiante a construção dos edifícios será punida com multa diária de R$ 50 mil, podendo ainda ver decretado o afastamento de sua presidente, Berenice Giannella.
Apesar da obtenção da liminar, o Movimento Popular da Vila Leopoldina decidiu manter a manifestação marcada para a manhã deste sábado no terreno ao lado do Cadeião.

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