Debate sobre Operação Urbana Vila Leopoldina

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O secretário Jorge Wilheim fala no Tendal da Lapa

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A Subprefeitura da Lapa e a Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla) realizaram uma discussão sobre as mudanças na Operação Urbana Vila Leopoldina-Jaguaré, uma área com quase 10 milhões de metros quadrados. O secretário de Planejamento, Jorge Wilheim, expôs as propostas de obras públicas e benfeitorias na Vila Leopoldina e Jaguaré. A região é uma Zona Industrial em Reestruturação (ZIR) porque existem muitos galpões abandonados e fábricas desativadas, sobretudo no entorno da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp). Segundo Wilheim, as empresas mudaram seus paradigmas. Com a automação industrial, as fábricas empregaram menos pessoas e se deslocaram para outras áreas menos povoadas. O secretário diz que pretende ainda atrair novas indústrias, mas também modificar o uso e a ocupação urbana para moradia ou comércio no lugar dos galpões. Também se prevê um maior adensamento com a construção de edifícios. A previsão é que a região tenha 180 mil habitantes.
A favela do Jaguaré é uma área conhecida como Zona Especial de Interesse Social (Zeis). O objetivo é implementar o processo de reurbanização planejada, com duração prevista para cinco anos. O restante dos dois bairros é classificado como Zona Mista (ZM). Novos parques seriam construídos: o parque municipal de Vila Leopoldina, com a anexação de uma área da Sabesp no lugar da Usina de Compostagem de Lixo (já desativada). A Prefeitura promete fechar o transbordo (lixo de construção civil) até o final deste ano. Ao lado do Parque Villa Lobos, seria construída a Cidade do Tênis para os praticantes do esporte. Outro parque está previsto no Jaguaré.

Pontes

Seriam construídos quatro pontes. Complemento da Avenida Politécnica e uma ponte sobre o Rio Pinheiros para escoar o fluxo de São Paulo para Osasco. Outra via sobre a marginal seria o complemento da Rua Alexandre Mackenzie com a Rua Hayden, uma nova ligação entre Jaguaré e Vila Leopoldina. Está prevista a descanalização dos córregos Alexandre Mackenzie e da Rua Hayden, que seria complementada no Ceagesp, recebendo um espelho d´água e um novo projeto de área verde e reurbanização. Outro acesso seria sobre a Marginal Tietê, através de uma ponte da Avenida Gastão Vidigal, em Vila Leopoldina, para a Rodovia Anhangüera. A proposta prevê a criação de uma avenida que ligaria a Lapa de Baixo até a Vila Leopoldina, outro acesso à Anhangüera. Linhas de trem e de metrô estão previstas para atender à Ceagesp.
O custo das obras públicas está orçado em torno de R$ 280 milhões. Os recursos viriam da Outorga Onerosa, dispositivo legal que permite a construção acima do estabelecido pelo zoneamento, com a contrapartida de verbas e benfeitorias bancadas pelas empreiteiras e incorporadoras. No caso, quatro vezes acima do permitido. O potencial construtivo para a Outorga Onerosa é de R$ 400 milhões, que teriam de ser investidos exclusivamente na região. As transformações planejadas pela administração municipal ainda precisam ser transformadas em projeto-de-lei a ser enviado para a Câmara Municipal de São Paulo em novembro.

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