Metropolitano vai criar centro de excelência

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Organizadores do Curso

Durante o Curso de Atualização em Cirurgia Ginecológica, promovido pelo Hospital Metropolitano no último sábado, 50 especialistas puderam reciclar conhecimentos sobre o aparelho genital feminino. Um dos objetivos do evento foi mostrar a intenção do Metropolitano em se tornar um centro de excelência na área de ginecologia. “Ao mostrar outras técnicas de se fazer uma cirurgia, a nossa intenção foi dar o primeiro passo para auxiliar profissionais da área ginecológica, a aprimorar novos métodos e atualizar sistematicamente seus conhecimentos”, explicam os ginecologistas da equipe do hospital: Carlos Antonio Del Roy e Marcos Tcherniakovsky.
O curso foi dividido em duas partes. Na parte da manhã, o diretor do hospital, Irineu Spiandorello, falou brevemente sobre a história do Metropolitano e colocou à disposição a estrutura hospitalar para novos estudos do setor. Em seguida, o professor doutor Antonio Guilherme Moreira Porto, proferiu uma palestra sobre a Anatomia Cirúrgica da Pelve Feminina, mostrando sua complexidade e comentando os aspectos mais importantes aos quais o cirurgião deve prestar atenção no momento da cirurgia. Por meio de um telão instalado no auditório do hospital, Porto diferenciou a musculatura abdominal da estrutura pélvica. Ele afirmou que muitos problemas nos órgãos existentes na região pélvica, como a retenção urinária, são provocados em mulheres que fazem muita ginástica. Segundo o especialista, essas pessoas se preocupam muito mais com a aparência física, sem tomar as devidas precauções ginecológicas.
Logo depois, Del Roy explicou a Histerectomia (retirada do útero), fazendo um breve relato histórico sobre as técnicas, iniciadas no século 19. Também defendeu a Histerectomia Vaginal sem Prolapso (queda do útero) como uma melhor técnica cirúrgica ginecológica, em vez da tradicional operação abdominal. Ele disse que a técnica vaginal, diminui os custos para o hospital, reduz o tempo da cirurgia e da internação, diminui uso de antiinflamatórios porque a mulher sente menos dores e se recupera mais rapidamente, o que a torna apta a retornar às suas funções diárias normais após um período entre sete e quinze dias de repouso. Na operação abdominal convencional, é necessário entre 30 e 40 dias para a plena recuperação da paciente.
A equipe de ginecologia do Hospital Metropolitano já realizou mais de 150 cirurgias pelo método vaginal. A Histerectomia Vaginal não é recomendada em casos específicos tais quais: cistos de grande volume, patologias como endometriose ou patologias malignas.
Encerrando a parte teórica, Marcos Tcherniakovsky falou sobre a Histerectomia por Vídeo-Laparoscopia, técnica esta difundida em nosso país há 13 anos. Marcos mostrou em sua aula a história, suas classificações e a técnica de realizá-la pela televisão. Comparou os vários tipos de histerectomia mostrando que cada caso tem que ser analisado de forma distinta.
No período da tarde, os especialistas inscritos no curso de atualização puderam assistir às cirurgias ginecológicas transmitidas ao vivo, pelo telão no anfiteatro. Foram realizadas uma Histerectomia Vaginal sem Prolapso e uma Histerectomia por Vídeo-Laparoscopia, cirurgias estas com tempo médio de uma hora cada.
A idéia agora do Metropolitano é realizar cursos de atualizações nas áreas de ginecologia e obstetrícia, mostrando á classe médica e por conseqüência às suas respectivas pacientes a aplicação de técnicas menos traumáticas.

Hospital Metropolitano
Rua Marcelina, 441 – Vila Romana
Fone 3677-2000. Site www.hospitalmetropolitano.hpg.com.br

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