Justiça quer devolução de 4mi

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Atividades dos varejões geraram ação que condena seis pessoas

O juiz federal substituto Douglas
Camarinha Gonzales, da 7ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou
que ex-diretores da Ceagesp e da Cooperativa dos Permissionários dos
Varejões do Estado de São Paulo (Coopervar) devolvam aos cofres do
entreposto da Vila Leopoldina R$ 4 milhões.
O magistrado acolheu ação movida pelo ex-diretor técnico da Ceagesp,
Miguel Appolonio, que apontou a prática de atos irregulares na
transferência de verbas da Ceagesp para a Coopervar. A cooperativa
havia firmado acordo com o entreposto (controlado pelo governo federal)
assumindo a gestão dos varejões (dentro e fora da Ceagesp). Ao invés de
receber de cada permissionário interessado em vender seus produtos nos
varejões, a empresa estatal passava a recolher de uma única fonte, a
Coopervar, que, por sua vez, rateava o custo (taxa da Ceagesp e
despesas como limpeza e coleta de lixo) entre os permissionários. O
juiz, analisando uma série de documentos, constatou várias
irregularidades, entre elas o superfaturamento no repasse de verba para
o pagamento à empresa de limpeza. Entre fevereiro de 2000 e janeiro de
2001, por exemplo, a Coopervar pagou a Transporte de Resíduo AVC (real
prestadora do serviço de limpeza) a quantia de R$ 880 mil, enquanto
recebeu R$ 957 mil da Ceagesp, o que ocasionou um desvio de R$ 77 mil,
(valores da época).
A sentença do juiz atinge os réus Carlos de Macedo, diretor-presidente
da Ceagesp à época; José Carlos Geraci, diretor-administrativo e
financeiro; José Roberto Graziano, gerente de entrepostos; João José
Xavier, gerente de entrepostos; e Horácio Kaoro Myiashiro e Ângela
Maria Picooloto de Souza, presidentes da Coopervar. Angela, que ocupa
atualmente a presidência da Acomel (Associação de Comerciantes do
Mercado da Lapa), tomou conhecimento da sentença pela imprensa. “Fiquei
surpresa com a decisão do juiz. Assumi interinamente a presidência da
Coopervar que nada fez de irregular, apenas seguíamos as orientações da
Ceagesp para administrar os varejões”, rebate a presidente da Acomel,
que com seu advogado analisa a melhor forma de recorrer da sentença.

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